A dúvida contumaz é dos maiores inimigos da fé. Mas ainda pior é a falta de compromisso do ser humano com sua consciência.

Quem realmente se dispõe a ouvir a Voz de Deus, nos recessos de seu coração, indubitavelmente sabe que o que É não pode jamais deixar de Ser.

A vida é espírito. A existência, no entanto, se manifesta inclusive na brutalidade. Dessarte, imprescindível exercitar, no dia a dia, quanto possível, a escuta e o atendimento dos alvitres da própria consciência, que basicamente concernem aos ideais e princípios mais sagrados da alma, aos ímpetos celestes de realização pelo bem comum, ao desdobramento de toda e qualquer expressão de solidariedade, empatia, compaixão, bondade.

A exacerbada cerebração dos tempos modernos favorece toda gama de ilusão e desatino, afastando os indivíduos de sua essência espiritual e inibindo-lhes a capacidade de perceber, ler e intuir a Realidade Fundamental.

“A letra mata, o espírito vivifica”¹, alertou Paulo, o Apóstolo dos(as) gentios(as). A sentença poderia ser assim traduzida para a atualidade: a hipérbole da generalizada fixação no intelecto impede a vivência da espiritualidade, do impulso imanente à transcendência, tão vital à criatura humana como o amor o é, por si mesma, pelos entes queridos, pela vida, pelo(a) Criador(a).

Benjamin Teixeira de Aguiar (médium)
Eugênia-Aspásia (Espírito)
em Nome de Maria Cristo
6 de março de 2011

1. II Coríntios 3:6.