Benjamin Teixeira
pelo espírito
Eugênia.

Errou? Extraia o aprendizado da experiência, e siga adiante. Decida não repetir, mentalizando o que falta ser feito, para que o equívoco não se repita. Concentre-se no novo padrão de consciência, necessário à não reincidência e tente nele se manter firme.

Não se martirize, amigo, por haver caído. A Divina Providência mantém sempre as portas abertas ao ressarcimento de faltas, ao arrependimento, ao recomeço.

Tenha paciência com você mesmo. Essa não foi a última, como não foi a primeira vez em que incorreu em erro.

A culpa é um erro adicional. Transforme o remorso em estímulo a compensar-se, ante os companheiros com quem errou, e siga adiante, com a consciência em paz de quem envida todos os esforços no sincero propósito de acertar.

Não faz sentido que se angustiasse tanto, mas já que prefere ou julga necessário estar triste, transforme o estado de tristeza, favorável à introspecção, em meditação construtiva, e pense na Onibondade de Deus. Nada melhor, nesse momento. Ou seja: ante a extensão, que, a seu ver, parece sem fim, de seus deslizes ou limitações, cogite da Infinita Bondade de Deus, e notará como tudo já está resolvido, e não propriamente em vias de resolver.

Contemple o céu estrelado, a falar de mundos infinitos de possibilidades de recomeço e lembre-se ainda que todo o zimbório pontilhado de mundos distantes não passa de um prenúncio do dia ensolarado que se seguirá em poucas horas.

Nunca perca as esperanças. Desespero é ato de burrice e infantilidade.

Você vai vencer. Você já está vencendo, se alimenta o seu ideal, se segue feliz pela oportunidade de servir, se investe todos os dias um pouco no seu projeto de fé e amor.

Logo mais notará que, nessa sua jornada santificante de doação ao próximo, até suas quedas terão constituído ensejo de aprendizado ainda maior, agregando-lhe valores renovados, para ainda maior serviço, para ainda maior benefício para aqueles que se aproximam de seu bom coração.

(Texto recebido em 12 de outubro de 2002.)