Precate-se contra o delírio diabólico – porque as implicações lhe podem ser tremendamente devastadoras – de confundir o âmbito da ficção e da fantasia (embora respeitável, em suas funções artísticas e/ou terapêuticas) com o campo da fé e o Piso Fundamental da Realidade: Deus e a Espiritualidade.
É indiscutível que se devem valorizar as expressões da arte, bem como os sistemas de estudo e decodificação de significados presentes em arquétipos, mitos ou criações oriundas da imaginação.
Entrementes, pervaga a cultura hodierna, tanto em sua feição popular quanto na erudita, em razão de insidiosa e bem elaborada campanha de manipulação levada a cabo por gênios das trevas, um perigosíssimo sofisma que colima a desorientação e a desesperação de milhões de almas, cujos efeitos são bem perceptíveis, há decênios sucessivos: o de basicamente divulgar, pela mídia, pela indústria do entretenimento, por acadêmicos(as), formadores(as) de opinião ou influenciadores(as), seja de maneira subliminar ou bem ostensiva, a pressuposição de que o complexo, profundo, abrangente e sagrado universo dos fenômenos paranormais, metafísicos, espirituais, Divinos constituiria, tão só, uma constelação específica de produções artísticas.
E, amiúde, essas manifestações de cunho artístico, quais as da literatura e da cinematografia do gênero terror/suspense, são qualificadas, implícita ou explicitamente, por personalidades encarnadas que se deixam dominar por inteligências espirituais com propósitos inconfessáveis, como obras de gosto duvidoso (ou, pior: produzidas com a intenção deliberada de fomentar más impressões sobre a temática), prenhes de primitivismo e mediocridade, destinadas à mera distração das massas, acicatando-lhes instintos animalescos de pavor.
Na melhor das hipóteses, se o assunto é compreendido como, de algum modo, parte da realidade, expressamente é incluído na esfera dos distúrbios emocionais e patologias psiquiátricas, quando não no capítulo da perversidade, em contraposição a postulados de tradições religiosas convencionais.
Esse ataque virulento, multifacetado e de procedência malévola não só constitui uma mentira blasfema contra as mais Sagradas Origens da Vida, mas também ameaça destruir – como já o revelam numerosos indícios – a harmonia e o equilíbrio nas relações interpessoais, de todas as magnitudes, a ponto de arruinar a estabilidade e a sanidade de mentes individuais e coletivas, na medida em que se bombardeiam, sistemática e intensamente, em todos os setores do saber e da ação na atualidade, os alicerces da própria condição humana, desde sua neurofisiologia aos seus mais refinados valores morais: o essencial tópico da Transcendentalidade, da Espiritualidade, da Divindade.
Tem caráter de urgência o reconhecimento desse tenebroso cometimento, movido, de forma generalizada, por forças contrárias ao bem e mesmo à sobrevivência da humanidade e de toda a bioesfera terrestre…
Igualmente inadiável, ainda que gradativa, é a sua eliminação, que só poderá ser encampada pela via do esclarecimento bem fundamentado (e difundido em larga escala, por múltiplos meios de alcance das multidões) a respeito da Existência inquestionável, vital e primordial do Espírito e de Deus, Matriz de Realidade essa que palpita no imo de toda criatura e na subjacência de qualquer acontecimento.
Somente assim se poderá reverter o quadro de uma eventual (mas com significativo grau de plausibilidade) catástrofe apocalíptica, na linha temporal em curso, de modo a converter essa fase crítica em um armagedom metafórico, como símbolo do encerramento de uma civilização autodestrutiva e ecocida, propiciando-se então o surgimento de uma comunidade planetária mais feliz, sábia e pacífica.
Dessarte, que haja o despertar consciencial paulatino, mas universal, de indivíduos e grandes segmentos sociais, no sentido de reconhecerem a Fonte Suprema da Vida e de se reconectarem a Ela, unindo-se, por conseguinte, uns aos outros, por toda sorte de genuínos laços de fraternidade, a fim de conformarem uma única e ciclópica família espiritual: a humanidade inteira!
Eugênia-Aspásia (Espírito)
em Nome de Maria Cristo
Benjamin Teixeira de Aguiar (médium)
Brewster, região metropolitana de Nova York, EUA
28 de fevereiro de 2020