Benjamin Teixeira
pelo espírito Eugênia.
Em vez de reclamar que alguma coisa esteja ruim:
1. Veja o que, em termos práticos, pode fazer para resolver a questão.
2. Senão, verifique de que modo pode se compensar pela frustração que o entristece.
3. Note o lado belo da vida, os aspectos positivos, os favores, os benefícios com que a vida o brinda.
4. Saia de si e observe a dor e a carência dos outros, e vai reconhecer como é feliz e não percebia.
5. Quando sair de si para observar o universo alheio, volte o foco para quem está abaixo e não para quem está acima. Para que se lamuriar pelo que não tem e não é, se já tem tanto para se ver e se sentir feliz?
Não faça muitos apontamentos de dor. O sofrimento é, tão-somente, um convite da vida a que descubra a felicidade. Seja feliz, meu amigo. A vida é tão maravilhosa! Acorde para esse lado espetacular de existir, de poder pensar livremente, escolher caminhos, alternativas de destino e de realização, oportunidades de aprendizado, de amizades e de crescimento constante… Diante de tanto, somente um louco pode passar pelo mundo infeliz.
Você, então, pode dizer que o mundo em que se vive, a partir desse enunciado, é meio louco – e estará certo. Não participe desse delírio coletivo de sentir a vida difícil, amarga, depressiva e perigosa. A vida é uma explosão de possibilidades, estímulos e experiências. Exige esforço, perspicácia e denodo, mas não constitui o pandemônio que se costuma delinear a seu respeito.
Depende de cada um enriquecer, para tornar a vida um espetáculo de cores (alegria), luzes (ideias e conhecimentos novos) e amores, pelo uso correto do próprio livre arbítrio. Eis a grande questão: lembre-se de seu direito inerente à liberdade e faça escolhas conscientes. Não vá na onda da cultura do cepticismo e do cinismo que pervaga a civilização ocidental – a cultura dos condicionamentos à tristeza e à preocupação a que todos somos impelidos desenvolver. Seja responsável, seja ético, justo e espiritual, esforçado e trabalhador, mas não se consuma em tensão e angústia. Está claro tratar-se tal comportamento de um desvio de conduta, uma distorção do fio mais lógico e sensato do pensamento, uma inversão completa de valores. Não queira parecer sério e maduro: pretenda ser feliz – não parecer, mas realmente ser feliz. Essa é a melhor forma de ter certeza de realmente ser maduro e espiritualizado, já que a tristeza e o estresse sistemáticos revelam alma limitada, imatura e/ou doente.
Seja feliz, hoje mesmo, agora mesmo. Seguindo sua consciência, agindo de modo justo e altruístico, mas feliz. A opção é sua.
(Texto recebido em 20 de novembro de 2001.)