Benjamin Teixeira
pelo espírito
Gustavo Henrique.


Passas, pelo plano físico de vida, ergastulado no escafandro de carne, pelo qual te manifestas. Parece sólido, forte, permanente… Entretanto, amigo, o veículo orgânico, através do qual trafegas na atual existência terrena, como um viajante preso ao carro, assemelha-se a grande colméia viva de seres microorgânicos, desgastando-se a pouco e pouco, rumo à inexorável consumição e desagregação final, no processo da morte biológica. Só que, então, o aparente fardo que constitui o soma far-se-á, ao findar-se, uma libertação que te desvinculará de todos os compromissos sociais, profissionais ou familiares que te caracterizam a identidade, os valores, os objetivos de vida…

Muito fácil se iludir, quando encarnado, quanto à precariedade da condição de existência no domínio material. A qualquer momento, uma virose mais acentuada, um acidente automobilístico, a ruptura de uma artéria cerebral podem pôr a termo a estada efêmera de alguém na crosta do planeta.

Medita, prezado companheiro, em como tens aproveitado o tempo que te é todo dia ofertado, pelo Divino Despenseiro das graças em nosso orbe, Nosso Senhor Jesus. Tens aplicado tais recursos a teu e a benefício do bem comum? Tens te servido dos talentos da existência, em prol de beneficiar teus irmãos em humanidade?

Desenvolve, estimado irmão, a capacidade de sentires prazer em te fazeres canal da Luz. Não importando se te julgas apto ou não a captar, em caráter de ostensividade mediúnica, as ondas mentais das Inteligências mais avançadas e bondosas do plano de existência que se te afigura invisível (ao sensório vulgar), invoca, continuamente, a influência superior, para que sejas, quanto possível, pela inspiração, pelo desejo de ser útil, acertar e crescer, um instrumento constante das graças de Deus, para todos que privarem de contato contigo.

Vê que te não descures desta tarefa visceral, pois que não é absurdo considerar que, ainda hoje, o bichinho-veículo-morada que constitui teu corpo físico venha a sofrer colapso de funções e decline do direito de estar operacional. E, então, tudo que a ele for relacionado: nome, posses, títulos, relações familiares, conjugais e profissionais… tudo se dissipará, como uma chama de vela repentinamente apagada por golpe inesperado de vento…

Partirás, então, despedido de tudo, de todas as honrarias, privilégios ou prerrogativas que te exornavam a personalidade, e estarás, assim, novamente, nu e singular, ante Aqueles que, em nome de Deus, avaliar-te-ão a qualidade da conduta, no trânsito pelo mundo físico, e te definirão o gênero de tarefas e de experiências a que terás que te dedicar, na nova etapa de aprendizado, no infinito processo da evolução… Com débitos clamorosos de omissão ou mesmo de má ação, estarás, entrementes, preso a dolorosa roda de repetições cármicas, até que te desvencilhes, de todo, de qualquer canga de dificuldade ou adversidade que te sejam necessárias à elaboração educativa da própria alma…

(Texto psicografado em 14 de junho de 2007. Revisão de Delano Mothé.)

(*) Isolada, no transcurso deste fim de semana, com um grupo seleto de vinte pessoas, em um retiro espiritual (Jornada Holística) com nosso líder, Benjamin Teixeira, na Praia do Saco, Estância, Sergipe, e não logrando obter sinal de internet, naquela localidade, nossa equipe de edição e revisão não pôde atualizar “mensagem do dia” neste domingo, pelo que apresentamos nosso pedido de escusas.