Num plano profundo de significados e mesmo numa abordagem mais realista do tema, caráter e consciência constituem uma medida relativa, e não um valor absoluto que se porte ou de que se careça, como se costuma crer popularmente.
Há um espectro da sensibilidade e do discernimento, em cujos extremos encontram-se, de um lado, psicopatas e criminosos(as) e, de outro, almas prenhes de empatia e movidas pela compaixão, que poderíamos compreender como seres em processo de santificação ou de iluminação. Algo equivalente ocorre no âmbito da inteligência, em que, num polo da escala, existem pessoas embotadas no cretinismo e, no outro, gênios ultracriativos.
É possível desenvolver as inclinações à solidariedade e ao idealismo, como também ampliar a cultura e treinar as aptidões do intelecto. Todavia, cada indivíduo apresenta um coeficiente específico de expansão de suas capacidades, um limite do que consegue realizar no espaço de uma vida física, o que é determinado por óbvios potenciais inatos (na esfera do sentir e na do pensar), que se baseiam em aquisições evolutivas de seu passado reencarnatório e em desdobramentos mais ou menos completos (conforme disposições genéticas e condições educativas ambientes) dos canais neurofisiológicos que ora utiliza para exteriorizar suas habilidades intelecto-morais e se manifestar no domínio material de existência.
Benjamin Teixeira de Aguiar e Amigos(as) Espirituais
Trânsito entre São Paulo e Aracaju
21 de dezembro de 2017