Benjamin Teixeira de Aguiar
pelo Espírito Gustavo Henrique.
Os guias espirituais estão reencarnando. Não na quantidade que imaginam os mais ousados; nem raramente, qual presumem os conservadores. Mas em proporção suficiente para promoverem uma aceleração considerável no progresso de todas as áreas da ação e do saber humanos, como se tem notado, nos últimos anos.
Alguns são almas verdadeiramente alcandoradas de Luz, grandes Mestres da Espiritualidade Sublime, guias de guias que retornaram às baila das lides no mundo físico a fim de cumprirem grandes e complexíssimas missões. Há, contudo, uma outra classe, mais numerosa, de pais e mães de coletividades menores, professores de agrupamentos, chefes de segmentos sociais, que têm descido aos proscênios carnais em maior percentual (em relação ao que se dava habitualmente nos últimos milênios), desde a última terça parte do século passado, embora esse movimento já houvesse começado, pouco antes, intensificando-se significativamente de lá para cá.
Muitos se desviam de seus propósitos, impressionados com os sacrifícios imensos que teriam que fazer, para se manterem fieis a seus princípios elevados, e, em maior ou menor grau, mancomunam-se com as conveniências do plano material de vida, prejudicando parcialmente os Desígnios Divinos a seu respeito.
Outros tantos, mais envolvidos com compromissos severos, são trazidos de volta à Pátria Espiritual, às pressas, bem antes do tempo programado para tanto, em função de créditos especiais que portam, de maneira que não enveredem por caminhos equivocados, para seu carreiro evolucional, e não prossigam em rotas de erro evitáveis e que os onerariam de débitos espirituais também dispensáveis.
Alguns, porém, persistem, heroicamente… Valorosos mensageiros da fé e da Espiritualidade Maior, na dimensão física do planeta, ainda aturdida pelas sombras da incredulidade, da falta de esperança e de razões maiores para viver, seguem semeando otimismo e metas nobres de serviço e realização cultural, humanitária, artística, científica ou espiritual, por aglomerados humanos de portes diversos.
Encontrá-los-emos com certa dificuldade, porquanto não se querem fazer vistos, a despeito de suas atividades amiúde lhes flagrarem a natureza superior, para a média evolutiva da Terra. São professores esquecidos, mas denodados combatentes do magistério digno. Médicos, enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais, líderes religiosos ou outros profissionais do atendimento e socorro à saúde, esclarecimento, conforto e bem-estar humanos, de uma forma geral, para dar uma ideia da variedade de suas ocupações, no domínio material de existência.
Os mais velhos na jornada evolutiva, inobstante não pactuarem com posturas retrógradas de martírio pessoal e pretensa superioridade moral sobre terceiros, e por mais que pugnem por viver de modo equilibrado e justo, seguem cansados… muito cansados! Francamente, inúmeros deles só não são vencidos pela exaustão extrema, porque contam com assistência espiritual superior, que lhes não falta, em virtude da extensão de suas responsabilidades para com o bem comum.
Esses, mais comprometidos com seus companheiros e mestres desencarnados, com quem entretecem relacionamento mental (oculto ou ostensivo), costumam servir e sorrir, com constância e segurança, mas seus olhos traem o esforço agudo que lhes é exigido, na desincumbência das delegações de dever que lhes foram confiadas.
Via de regra, dormem muito pouco, trabalham imensamente (para compensarem as faltas de muitos, inclusive) e padecem uma carga de responsabilidades e de pressões psíquicas que um ser humano de evolução média no orbe terreno nem de longe teria condições de vislumbrar, quanto mais de corretamente dimensionar, muito menos de suportar… Tais encargos esmagariam as psiques fracas de almas mais egoicas, que, voltadas para seu mundo de caprichos pessoais, não concebem existirem indivíduos com esse perfil de personalidade e de interesses nobres pelo bem coletivo, com pesadas quotas de sacrifício pessoal.
Para completar seu quadro inacreditável de desafios – como estão muito à frente dos valores de seu tempo, já que representam os princípios de um futuro mais feliz e justo, favorecendo o progresso das sociedades -, normalmente chocam, incomodam e sofrem a resistência natural dos setores reacionários das comunidades de que são partícipes, quase sempre sendo interpretados à conta de degenerados, arrogantes, desrespeitadores da moral vigente. E, ironia das ironias, prosseguem, com frequência, vida afora, sob a suspeita descabida de quem lhes projeta as próprias inclinações de mau caráter ou mesmo tendências criminógenas.
Auxilie-os, caro amigo, prezada amiga, na trajetória de iniciativas e atividades imensuravelmente difíceis, com que abrem picadas para uma nova era de possibilidades ao gênero humano, em todos os âmbitos de realização e experiência, nas bravias e fechadas florestas das mentes e corações da Terra da atualidade. Esteja certo(a) de que, agindo assim, atrairá, em sua direção, a tutela dos mesmos Anjos que os amparam, pois que os Protetores dessas raras criaturas têm particular interesse em suavizar o fardo que Seus pupilos carregam, ajudando notadamente aqueles e aquelas que se candidatem a lhes propiciar os trabalhos inadiáveis de ordem coletiva e intemporal, desdobrados em Nome dessa Plêiade de Gênios Celestes, com o Poder da Vida, em todos os sentidos, em Suas mãos, conferido por Deus.
(Psicografia de 10 de novembro de 2013.)
(*) Pedimos sinceras desculpas às irmãs que portem organismos ou identidade psicológica femininos: para simplificar a fluência na redação e, principalmente, na leitura deste artigo singelo, dispensamos (na maior parte das ocasiões) as flexões respeitosas e justas para o gênero feminino, que os idiomas neolatinos, como o Português, prenhes de patriarcalismo em suas raízes, compelem-nos a adotar, para que fujamos à regra do gênero neutro coincidente com o masculino. Contamos com sua compreensão, ante essa nossa escolha, que partiu do intuito de não quebrarmos o fluxo do raciocínio, com referências constantes à limitação linguística com que nos defrontamos.
(Nota do Autor Espiritual)