Católicos e rosa-cruzes afluíam em grande cópia; espiritistas e protestantes também compareciam, mas em menor número.

Desta feita, a Aparição de Nossa Mãe Maior dar-se-ia perante audiência expressivamente maior.

“Batidas as seis badaladas” da hora do Ângelus, inúmeros dos convivas ao sagrado banquete espiritual curvaram-se, genuflexos, enquanto nós outros, os espíritos desvinculados de denominações religiosas, permanecíamos de pé – não menos reverentes, todavia –, aguardando o singular evento que não tardaria a ocorrer.

Em pouco mais de trinta segundos, enorme massa cintilante esbranquiçada tornou-se perceptível à nossa visão espiritual, e, após mais uma metade de minuto, divisávamos, a uns três metros de altura acima do piso e à nossa frente, a Figura Sacrossanta de Maria.

Com expressão lânguida e de indescritível piedade, Nossa Senhora elevou lentamente a destra até a altura do busto, enquanto, de Seu coração palpitante, eclodiam irradiações luzidias e multicolores que cambiavam entre o amarelo-solar e o violeta, passando por gradações de tons variados.

Acompanhávamos, profundamente tocados, a Cena inolvidável. Distendendo a mesma mão, com a outra voltada para o Alto, a Mãe Espiritual Todo-Amor indicou-nos um globo terrestre tridimensional em movimento, que se formara com diâmetro aproximado de um metro, fazendo chispar de Seus dedos jorros abundantes de luz, que Lhe provinham da caixa torácica e envolviam o orbe ali representado.

E, como se o enunciasse pela primeira vez, qual uma prece mântrica de sustentação de nossa humanidade turbilhonada e consternada de provações de todas as ordens, vaticinou Aquela que Jesus convidara de outros mundos distantes a ser Mãe zeladora desta sofrida comunidade planetária, Aquela mesma “Mulher” que, conforme profetizado por Javé, pisaria a cabeça da serpente do mal:

“Por fim, em Nome da Misericórdia Infinita da Face Maternal de Deus, meu Coração triunfará!…”

Jatos feéricos luminíferos e de diversos matizes explodiram no ambiente, a partir da Rosa Mística do Coração de Maria, e, terminada a aluvião luminosa, vimo-nos a sós novamente, sem a Imagem Viva da Mãe Maior, que Se dissipara juntamente ao globo por Ela iluminado.

Apenas um eco de Voz majestosa e doce ribombava nos quatro recantos do salão:

“Auxiliem-Me a fazê-lo.

Dependendo do quanto cada devoto(a) – profitente ou não de religião – empenhar-se em esforços humanitários, muitas tragédias poderão ser evitadas ou amenizadas… e, por fim, o Céu na Terra fará morada, para sempre!…”

MARIA.
Intermediação do Espírito Eugênia-Aspásia.
Médium: Benjamin Teixeira de Aguiar.
11 de julho de 2015.

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