Quando o Mestre Supremo informou que viera para os(as) enfermos(as) e pecadores(as), e não para os(as) sãos(ãs) e virtuosos(as), chamava a atenção para uma macabra armadilha do ego, montada pela soberba que leva algumas almas incautas a se presumirem acima da necessidade de corrigenda e melhoria, seja na esfera íntima ou no campo da conduta.
Quanto mais amadurecido um espírito, maior é a sua aptidão para perceber falhas em si e, paradoxalmente, a sua compaixão com as faltas de seus(suas) irmãos(ãs) em humanidade. Quem condena outras pessoas está se condenando à própria danação.
Jesus veio salvar aqueles(as) que se percebem necessitar de salvação – trata-se de uma expressão máxima do Respeito Divino ao inviolável discernimento de cada ser humano.
Ninguém espere especiais concessões de socorro, julgando-se vítima de uma pretensa virtude pessoal, em contraste com o mundo ignaro e perverso.
Os(as) autênticos(as) mártires e representantes do Cristo Verbo da Verdade até notam suas enormes descompensações psicológicas, imersos(as) que estão numa sociedade ainda tomada pelo egoísmo e seus tenebrosos corolários. Todavia, sempre se portam e se veem como agentes do bem, a serviço de Deus, na vida de seus semelhantes, e não como “pobres criaturas injustiçadas”.
Quem chora, chumbado(a) ao chão da inércia, longe da atividade solidária, nos diversos âmbitos de sua existência, deixa-se dominar pelos tentáculos do mal, através dos plugues da preguiça, da covardia e da vaidade geminadas.
Se você realmente almeja receber a salvação que provém do Céu, recorde-se do que asseverou Jesus aos(às) Seus(Suas) discípulos(as): “Se alguém quiser me seguir, renuncie-se a si mesmo(a), tome sua cruz e me siga”¹.
Benjamin Teixeira de Aguiar (médium) e
Eugênia-Aspásia (Espírito)
em Nome de Maria Cristo
Bethel, CT, região metropolitana de Nova York, EUA
1º de outubro de 2020