Benjamin Teixeira de Aguiar,
pelo Espírito Gustavo Henrique.
Com os recursos novos da Medicina – medicamentosos, sanitários, cirúrgicos, entre outros –, podemos viver mais de uma existência numa mesma reencarnação. O desafio de viver em função dos ideais do Espírito, num ambiente material, é que nos faz desenvolver, paradoxalmente, nossos mais nobres valores da alma, da mesma forma que os aparelhos de musculação, dificultando certos movimentos do corpo, distendem o poder dos grupos musculares a eles relacionados. A reencarnação, assim, é uma bênção extraordinária que muito se deve valorizar. Não é fácil conseguirmos “corpo novo” para voltar, relatam-nos sobejamente os melhores médiuns da história.
De uns vinte anos para cá (mais frequentemente), não raro vemos pessoas recomeçarem uma nova carreira, um novo casamento, uma nova faculdade, depois de já terem vivido vinte, trinta anos na condição anterior, ao passo que, no início do século transato, a esmagadora maioria da população, na casa de 50 ou 60 anos, se considerava e de fato estava no final de linha da vida física. A longevidade dilatada dos nossos organismos de carne, consorciada a expedientes diversos (inclusive os avanços culturais e nos costumes), favorecedores de uma maturidade saudável, ativa, lúcida e feliz, tem-nos permitido vivenciar (em relação ao que se podia experimentar no passado) o equivalente a duas, três ou mais existências, dentro de uma mesma reencarnação.
(Texto recebido em 12 de fevereiro de 2013.)