Era o ano de 1963… O presidente dos EUA John Fitzgerald Kennedy havia sido covardemente assassinado, em carro aberto, no dia 22 de novembro. As campanhas pela igualdade de direitos civis entre negros(as) e brancos(as) e pelo acesso universal à saúde, tanto quanto a participação na Crise dos Mísseis em Cuba, para citar apenas alguns exemplos das iniciativas mais ousadas do célebre governante, deixaram-no com a imagem arranhada, a ponto de condená-lo ao mais baixo índice de aprovação na história (até então) dos chefes de estado norte-americanos: 39%.

Convertido em mito com seu flagício público, ele atualmente desfruta de impressionantes 90% de aprovação popular, a maior entre os ex-presidentes dos EUA. Como sempre, um vetor evolutivo da coletividade não é, em seu tempo, visto como tal.

A bala do ódio e da reação geral do inconsciente coletivo de uma América à época extremamente conservadora e mal introduzida na era das liberdades individuais, assestada contra um homem jovem, bonito, rico e repleto de ideais libertários, não poderia ser mais certeira. O estadista brilhante que salvara o mundo do Armagedom nuclear tinha seu crânio espatifado, diante de atônita multidão, em aparentemente prosaico passeio nas cálidas ruas de Dallas, Texas…

Teorias conspiracionistas surgiriam aos magotes, nas décadas seguintes. Mas o fato é que Kennedy foi feito mártir, assim como, tão só cinco anos depois, seu irmão Bob Kennedy e o reverendo Martin Luther King Jr. sofreriam o mesmo efeito “para-raios” da resistência antievolucional de massas imensas de gente retrógrada, um oceano de psiquismos conturbados com os tumultos da década das revoluções, a dos famigerados anos 1960.

Encontramo-nos, no horário habitual, ao cair de uma noite fria de outono, novamente em terras norte-americanas. Maria Cristo queria Se manifestar por aqui.

Os 50 anos de “aniversário” do evento fatídico não passaram despercebidos, porque havia razões ocultas para que o controverso líder do executivo ianque, dado a ligações misteriosas com agentes mafiosos e mulheres atraentes em feixes, fosse, a despeito dessas características menos lisonjeiras, utilizado pelo Plano Sublime de Vida, como fator vivo de aceleração e potencialização das ideias de liberdade para toda e qualquer pessoa, também defendidas, cem anos antes, por seu antecessor, mais digno e distinto representante encarnado das Faixas Superiores de Consciência, Abraham Lincoln, não por acaso igualmente assassinado.

A Mãe Excelsa surgiu envolta em luz de coloração solar e disse, melancólica mas severamente:

Ai do mundo terreno, que ainda persegue e mata, metafórica ou literalmente, seus(suas) legítimos(as) “profetas(isas)” ou catalisadores(as) evolutivos(as), em todos os âmbitos de atuação. Que o martírio de JFK, entre tantos outros suplícios da história, fomente na comunidade planetária e em cada ser humano esta reflexão axial: “Quem escolho seguir e por quê?”…

Irradiando luminosidade amarelo-viva com intensos tons alaranjados, o Vulto da Simbólica Mãe da humanidade terrestre desfez-Se ante nossa pequena assembleia de irmãos(ãs) em Ideal, deixando-nos imersos(as) em profunda e grave meditação.

Benjamin Teixeira de Aguiar (médium)
Eugênia-Aspásia (Espírito)
em Nome de Maria Cristo
New Milford, Connecticut, EUA
24 de novembro de 2013


Nota do médium

Tenho a honra e o dever de trazer a lume essas revelações que me surpreenderam deveras, já que, por mais de uma vez, dei a entender, publicamente, opinião contrária quanto ao que significara a morte trágica de Kennedy, inclusive fazendo referências expressas à Crise dos Mísseis de Cuba.

Recebi, com a Mensagem acima, uma significativa lição de combate a preconceitos e distorções de percepção, que, no meu caso pessoal – pelo menos assim acredito –, foram favorecidos pela postura imatura e moralmente duvidosa do ex-presidente norte-americano, em alguns aspectos de sua vida privada.

A visão maniqueísta que as sociedades costumam ter sobre enviados(as) do Céu ou agentes da evolução coletiva não deixou de turvar minha avaliação íntima, apesar de eu trabalhar ardorosamente por arrefecer essa tendência geral, sobremaneira em minhas atividades públicas com os espíritos devotados ao bem.

O envolvimento quase certo de JFK com o crime organizado era-me o ponto mais difícil de processar, em considerando os fortes indícios documentais que sustentam essa tese. Obviamente, eu não poderia julgar correta tal atitude do grande político estadunidense, mas chamo a atenção exatamente para a necessidade de analisarmos e compreendermos personalidades humanas com o devido respeito à sua complexidade e totalidade, às suas naturais contradições e ambiguidades.

Alertemo-nos, a fim de não incorrermos em erros de julgamento mais sérios e desencadeadores de desastres existenciais, acabando por comprometer, com isso, o que podemos e devemos fazer no sentido de cooperar com as Obras de Deus sobre a superfície da Terra, correalizadas por Seus(Suas) representantes, amiúde prenhes de falhas e limitações.

Admirar seres coroados de virtude, qual Abraham Lincoln, é fácil para qualquer um(a). O desafio está em ver além do espelho fosco das projeções de nossos preconceitos, reconhecendo em indivíduos menos amadurecidos espiritualmente a Voz do Alto a Se expressar, como é possível, entre nós, criaturas humanas tão permeadas de defeitos.

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