Recolhi-me em prece e meditação, aguardando da orientadora espiritual Eugênia-Aspásia alguma deliberação acerca da epístola de Maria Cristo a ser publicada nesta semana.
Para minha surpresa, disse-me ela que a Mãe Crística planetária determinou fosse divulgada, em Seu Nome, a transcrição dos principais excertos de uma rara psicofonia completa que a ínclita preceptora houvera realizado, por meu intermédio, no último 11 de fevereiro, diante de um público interno da Instituição, enquanto eu me mantinha reservado numa câmara mediúnica, longe do alcance visual das pessoas.
Na ocasião, Eugênia transmitiu detalhada mensagem a um professor de medicina presente, destrinchando-lhe assuntos íntimos, em escala temporal cada vez mais próxima ao momento: de início, retratou o que lhe acontecera durante a semana; depois, revelou um questionamento secreto que o interlocutor lhe dirigira naquele dia; por fim, anunciou que ouvia seus pensamentos no próprio instante da interação e passou, de inopino, a lhe dirimir uma dúvida, surpreendendo-o deveras.
Feito isso, a mestra espiritual começou a proclamar, de improviso, em tom poético, espontâneo e vívido, o atualíssimo alerta que se segue, em versão resumida.
“Precatemo-nos contra o bombardeio hipnótico das forças do mal, que pelejam por nos insuflar estados de espírito angustiosos, induzindo-nos, sobremaneira quando encarnados(as), a nos sentir abandonados(as) e desamparados(as), ao léu de vetores caóticos, numa espécie de vácuo existencial, distantes da ‘única coisa que importa’ e que nos pode alimentar as almas: o Reino de Deus e Sua Justiça.”¹
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“Cristãos(ãs) do cristianismo primordial recebiam o apupo feroz da multidão, sendo seviciados(as) nos circos romanos, amarrados(as) a postes de martírio, torturados(as) ante a turba ensandecida, às vezes incinerados(as) vivos(as), enquanto cantavam hinos de louvor e gratidão a Jesus.
Hoje, costumamos reclamar em meio à abundância das graças de Deus. Ah, que horror! Como somos ingratos(as) e injustos(as) com a Divindade! Diante de tantas bênçãos que nos exortam à fé e à esperança, ainda nos permitimos resvalar no padrão malévolo da lamúria, do desânimo, da tristeza, da revolta, da cobrança de mais Sinais do Céu, como faziam os(as) fariseus(eias) e saduceus(eias) perante o Cristo-Verbo Divino.”
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“Como arautos(as) da Voz da Verdade para o século XXI, não podemos nos quedar cabisbaixos(as), ensimesmados(as), acabrunhados(as). Devemos, sim, quanto nos esteja ao alcance, reforçar nosso empenho na vivência da espiritualidade, na prática da oração e da fraternidade, na devoção a Deus e na cooperação com causas humanitárias com que nos afinemos.
Sejamos felizes! Façamos por merecer a bem-aventurança, suportando frustrações e vicissitudes, sem encará-las de modo pueril. Adversidades e decepções não implicam, de forma alguma, a negação da ventura. A felicidade está na concretização de um propósito de vida, na paz de consciência, no sentimento de dever cumprido.
Busquemos as pequenas e cotidianas alegrias da condição humana. Vivamos a primazia do espírito, o que somos em essência, dentro ou fora do domínio de matéria densa. Somente pela consciência e pelo coração, podemos nos realizar em profundidade, à medida que ardorosamente faceamos e galhardamente vencemos cada uma das provações de nossa jornada evolutiva.”
Benjamin Teixeira de Aguiar (médium)
Eugênia-Aspásia (Espírito)
Aracaju, Sergipe, Brasil
11 de fevereiro de 2025
1. Lucas 10:38-42 e Mateus 6:33.