Estudando Emmanuel e Jesus
Benjamin Teixeira
pelo Espírito Irmão Lucas.
Acusações indébitas, suspeitas, vaidades e brios feridos, tudo isso é muito próprio acontecer, nas obras cristãs legítimas, em processo de expansão e consolidação, reequilibrando-se nos níveis mais altos de compromisso e responsabilidade a que foram chamadas a operar, como o arranha-céu que se erige, andar a andar, sob o ruído de grande pancadaria nos elementos que o constituem.
Do mesmo modo, os caracteres humanos, nas instituições do bem que crescem, na direção de seu destino, são testados, alguns tijolos se mostrando imprestáveis para a obra, por falta de rigidez a suportar o peso sobre si – e eis então que, por serem “tijolos vivos”, saem por si mesmos da tarefa, incapazes de resistir ao martelo da crítica (nem sempre justa) ou da corrigenda (quase sempre necessária).
Toda realização do Bem sofre crises periódicas em suas estruturas, e, de certa maneira, as obras de manutenção e reforma nunca cessam, de todo.
Oferta a tua parte, prezado amigo, sobremaneira se te sentes ou se de fato estás à frente dos demais envolvidos nas rusgas, pendengas e atritos, entre companheiros de trabalho benevolente, em meio à saraivada de projéteis vibratório-energéticos. Assume, para ti mesmo, a culpa pelo ocorrido (em termos filosóficos profundos, ao mínimo), como disse o Gautama Buda: “Se alguém me ataca, a culpa é minha, porque não fui apto a convencê-lo da sinceridade do meu amor”. E, nos dizeres lapidares de nosso mestre Emmanuel: “Imunizemos o grupo contra a perturbação, acentuando a nossa responsabilidade e aprendendo com o fracasso”. (*)
Fazes bem em agires sempre assim, estimado amigo, com sinceridade, pois realmente te julgas muito abaixo do valor moral que o ministério a ti confiado te exigiria. Não te enganas ao supor isso, consoante disse Nosso Senhor Jesus a este respeito: “Sede, pois, vós perfeitos, como perfeito é vosso Pai Celestial”.
Todavia, tranquiliza a tua consciência, quando algum “tijolo fofo” decide te alcunhar de adjetivos menos lisonjeiros, e mesmo chegue a se afastar da Obra pela qual te responsabilizaste, antes do iniciar desta tua presente reencarnação, porquanto louco está este companheiro, na cegueira sobre quem realmente seja, sobremaneira se se sente vítima ou se presume injustiçado por ti, quando estava apenas sofrendo processos educativos.
Oremos, então, pelo infame e infeliz desertor, que se faz caluniador, obsidiado e agente do mal, sem o perceber, pondo-se na rota da própria desgraça. Pois que, se aqui o “tijolo fofo” ao menos serviria para compor a argamassa do Edifício da Obra que te foi delegada, converter-se-á adiante, para onde ele se dirija, inadvertidamente, em lixo defenestrado, no esgoto da Vida, a compor as grandes massas de material putrefacto, para as futuras – sabe lá Deus quando e a que preço – transformações e realizações do porvir… nas máquinas de reciclagem espiritual-cármica do inferno, dentro ou fora do plano físico de existência…
Se és, pois, engenheiro ou mestre de obras, nesta construção espiritual, não podes, sob pena de não cumprires tua responsabilidade de trabalho, ter “pena” do “pobre ladrilho” comprimido entre os demais; apiedar-te do “coitado do prego” martelado até a completa compressão, no material de sustentação a que serve; nem pensar com lamúria na “infeliz luzinha” abandonada, solitária, no alto da sala a que presta de lâmpada ou sistema de iluminação mais complexo.
Sê firme na tua condução e, embora devas determinar a todos os operários da Obra moderação no uso da força (a fim de que não ocorra, aqui ou ali, o “empenamento” de vigas de sustentação, ou se venham a tornar inutilizáveis peças em boas condições, por falha no seu manuseio), entende, por outro lado, que certo percentual de erro na aplicação das técnicas de edificação é inexorável, e que, conquanto não vejas assim – por teu coração bondoso doer-se com a sina dos que incorrem neste percentual infeliz de erro –, ou não possas de pronto avaliar o conjunto da construção em andamento, compõem, tais “acidentes de percurso”, o que os peritos em planejamento e administração denominam de “custos operacionais”, previstos pelos “Donos desta Construtora Espiritual”, os Grandes Mestres do Plano Sublime de Vida, bem antes que tenhas recebido a designação de desceres ao plano físico de existência.
E, amigo, como sabemos que, em última análise, toda Edificação Espiritual está sob contínua Supervisão Divina, cesse de uma vez por todas de te culpares por esta pequena parcela de erro, que não escapa da Contabilidade Suprema, na convicção inabalável de que podes preservar e fortalecer: DEUS NUNCA ERRA. Isso implica dizer, então, que o refugo pelo qual te lamentas, supondo de tua responsabilidade haver sido ele lançado às lixeiras da Vida, era já material, desde sempre, destinado, pela perfeita Presciência Divina, aos importantes processos a que nos referimos acima: de reciclagens d’almas, nos infernos a que elas mesmas se condenaram, pelas escolhas indevidas que fizeram… regiões purgatoriais ou de pesadelo vivo, contínuo… por tempo indeterminado… dentro ou fora da matéria densa, já de agora… agora e depois… ou, pior ainda, bem depois: recebida toda a carga acumulada de desgraça, de uma vez só…
(Texto recebido em 04 de abril de 2010.)
(*) Excerto do capítulo 27, “Lutas na Equipe”, do livro “Rumo Certo”, autoria espiritual de Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier.
BÔNUS:
(Comentário adicional do Espírito Eugênia aos apontamentos do Espírito Irmão Lucas. Clique na imagem com o botão direito e selecione “Salvar como…”, para baixar o arquivo de apenas 2’31”, contendo a fala interessantíssima de nossa Mestra, sobre a mesma temática.)
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