Benjamin Teixeira
pelo Espírito Eugênia.
Por mais sinta medo, não se confie a ele. Somente Deus merece tanta confiança, como a que é concedida ao terror, pelas almas tomadas por surtos fóbicos.
Isso lhe pode soar contrassenso, mas trata-se, em verdade, de um desafio evolutivo e, em muitos casos, de sobrevivência. Quanto maior o medo, menos você se pode a ele entregar, a não ser que pretenda aumentar as chances de algo realmente ruim acontecer.
O medo colapsa a mente, o discernimento, a serenidade, a própria humanidade de um indivíduo, roubando-lhe, destarte, o que tem de melhor e de mais nobre.
Reaja agora. Ore mais. Tome providências efetivas para não repetir o gesto ou para corrigir a situação que lhe fomentaram o receio. Mas, em última análise, acalme-se, na confiança integral no Ser Todo Amor, que nunca abandona nenhuma de Suas criaturas e a todas conduz, dentro da tessitura do destino, aos melhores padrões possíveis de bem-estar, conforme méritos, esforços pessoais e, principalmente, necessidades evolutivas.
Por fim, lembre-se de que tudo passa, e que, assim, este momento angustioso também passará. As causas dos receios mais medonhos costumam se diluir com o tempo. Quase nunca medos intensos e neuróticos se concretizam. Portanto, em vez de considerar medos como augúrios do que está por vir, veja-os como um desafio à sua inteligência emocional, à sua autoestima, à sua autodisciplina, para que se torne mais forte, mais feliz e mais sábio.
(Texto recebido em primeiro de agosto de 2004.)