(Registros da Mediunidade – 11.)
por Benjamin Teixeira.
Embora me constranja deveras, por motivos que não precisam ser minudenciados, o Espírito Eugênia, mais uma vez, em nossa conversa íntima do dia, pediu-me tornasse ao público, no mister de descrever uma de minhas experiências mediúnicas, especificada pela Mestra, inclusive. Vejam a transcrição de parte de nosso diálogo de hoje; em seguida, jaz exarada a tal narração do evento que se deu há aproximadamente dois meses.
“(Eugênia) – Você sabe como as pessoas apreciam este gênero de relato… e como isso lhes é útil, a fim de cogitarem sobre a complexidade e a maravilha do ‘Outro Lado da Vida’.
(Benjamin) – Sim, Eugênia, mas a questão é que, neste particular, eu estou sendo apresentado como o foco do fenômeno.
(Eugênia) – Não creio justo privar nossos amigos de tão relevantes vivências suas, por pudores excessivos. O mais importante é o ideal, não é verdade? E, se não se constrange em falar publicamente de suas faltas – que é a parte mais difícil do testemunho de fé –, por que não revelar também as parcelas mais construtivas de sua psique e trabalho?”
Vencido nos meus argumentos de timidez e recato, eis-me aqui, novamente, a vencer o escrúpulo pessoal e contar outra historieta que aconteceu em torno de minha pessoa.
Na sexta-feira 12 de junho deste ano, a bondosa e sábia Eugênia apareceu-me logo ao meu despertar, conduzindo, em pessoa, minhas orações primeiras. Dizia o que eu deveria visualizar, sugeria expressões mântricas, que eu acompanhava, e, principalmente: ejetava suas vibrações em minha direção, favorecendo-me uma subida vertiginosa das frequências mentais. Suspeitei que algo solene ocorreria, e, de fato, foi o que se deu. Logo estava eu ouvindo uma série de comandos de uma Figura Arcangélica que orienta, dos Planos mais altos de consciência da Terra, o Conselho de Anciães Sábios de que Eugênia faz parte – ou seja: Alguém bem acima da Mestra da Felicidade e Seus “Colegas”, digamos desta forma, e que, misericordiosamente, abaixara ao mínimo Seu diapasão vibratório, para que houvesse uma justaposição de ondas psíquicas comigo, em meu padrão máximo de “aceleração espiritual”, por assim dizer. Determinando diretrizes para nossa Organização, solicitou, sumariamente, uma reformulação completa do site na internet.
Nos dias seguintes, surpreendi-me com uma cascata de ideias que me sobreviveram à mente, de fonte desconhecida, a respeito do que deveria ser feito em nosso endereço corporativo na internet. Algo, realmente, impressionante para mim, porque entendo muito pouco do assunto, e, dentre as sugestões que me eram insufladas, muitas me demandavam pedir que se pesquisasse como providenciá-las, porque os próprios “meninos” peritos na área, em nossa Equipe, desconheciam os meios de as realizar.
O que mais me causou “espécie” – como diria o polido e castiço, no uso do Português, Espírito Gustavo Henrique – foi o que sucedeu no transcurso da gravação de um dos programas de TV das semanas seguintes. Estava anunciando a nova roupagem do site e como fora claríssima a atuação profunda dos Bons Espíritos (mesmo que não os tivesse visto ou ouvido nitidamente – nós, médiuns ostensivos, não estamos vendo e ouvindo os Espíritos o tempo inteiro), pois que logo eu fui ser utilizado como canal para imprimir as renovações estruturais de vulto em nosso sítio eletrônico do mundo virtual, em vez de outra(s) pessoa(s) da Equipe Salto Quântico, mais “letrada(s)” em temas relacionados à internet. Só que, ao me ouvir dizendo isso, veio-me imediatamente uma dúvida, que os Orientadores do Campo Excelso de Consciência gentilmente consideraram uma pergunta e imediatamente trataram de respondê-la, ali mesmo, enquanto eu continuava a palestrar diante das câmeras, para milhares de pessoas – embora, nos últimos meses, o programa não seja exibido ao vivo, por questões de agenda dos operadores na TV, gravo-o de “um só tapa”, como se fosse ao vivo, pela minha experiência neste sentido, de 15 anos consecutivos.
[Pode ter sido exatamente neste programa (de 20/06/2009), d’onde nossa Equipe extraiu esta imagem, que eu experimentei a tal compartimentalização paranormal da mente, narrada neste artigo. Para assistir ao programa a que este texto faz referência, basta clicar na imagem acima.]
Primeiro, cabe-me dizer que é muito comum, no decorrer da gravação do programa, eu me ver transportado para ambientes diferentes, ou mesmo consultar os bons espíritos e até dialogar com eles, simultaneamente ao desdobramento das temáticas em processo de elucidação, sob influência dos sábios Mestres espirituais, diante das câmeras. Mas, desta vez, achei que foi demais, comparável a apenas outro dia, de 2008, em que teci uma longa conversação “discutida”, com Eugênia, enquanto Ela, concomitantemente, tratava, por meu intermédio, perante os telespectadores (neste caso, foi ao vivo a veiculação do programa), de assuntos altamente complexos, episódio que narrarei, pelo que a Própria me diz agora, n’outra ocasião – não tem jeito mesmo! nasci para a exposição pública!… (risos).
A dúvida que espocou em minha tela mental foi: como a Espiritualidade, fazendo uso de um encarnado com baixíssimo conhecimento na área (eu), poderia ter alvitrado melhorias operacionais significativas, no que tange a um sistema de computação-programação que se modifica a todo tempo, de acordo com iniciativas dos próprios encarnados e não dos desencarnados? Em suma: Eles, no Plano Sublime, até têm uma tecnologia muito mais avançada, mas desconhecem as características de nossa forma de reproduzir (pobremente inclusive) esta tecnologia aqui, no domínio material de existência, para que tivessem informações suficientes a sugerir o que poderia ou não ser utilizado, no sentido de um incremento funcional e estético de proporções respeitáveis, em nosso sítio eletrônico. Ao configurar este pensamento, de imediato (tudo isso enquanto falava diante das câmeras) assisti – como se me inserisse em um filme em três dimensões – à cena de um “nerd” brasileiro, na parte final da casa de 20 anos ou, mais provavelmente, no início da faixa dos 30 de idade, sendo interrogado, fora do corpo, por um grupo de quatro especialistas em comunicação por internet, do outro âmbito de vida (o Espiritual), sobre o que poderia ou não ser feito em termos de inovação de ponta em nosso site. Branco pálido, cabelo louro acinzentado, um tanto desgrenhado, óculos com lentes de grau avançado, queixo protuberante, o jovem respondia, visivelmente enfadado e quase irritadiço, às indagações, de caráter operacional, que lhe eram dirigidas pelos peritos do Além. Algo como: “De que forma podemos utilizar vídeos no site, em que medidas de qualidade, num ponto ótimo entre a excelência e a proporção de ‘peso’ que se faça universal no manuseio, conforme a tecnologia disponível à maior parte dos brasileiros (nosso principal público alvo)?” Sem pestanejar, e aborrecendo-se com o “óbvio” das “perguntas bobas”, ia o tal figura enfileirando todos os meios, procedimentos, alternativas disponíveis para cada questão, dados que os orientadores desencarnados registravam em minúcias. Hipnotizaram-no a supor-se em situação prosaica do cotidiano, como se estivesse respondendo a perguntas de um conjunto de curiosos, em solenidade social; e, por fim, providenciaram bloqueio específico, nos principais centros cerebrais da memória, para que não houvesse risco de lhe vir à tona qualquer resíduo mnemônico da experiência, quando ele acordasse no corpo material.
(Este rapaz lembra, vagamente, o que vi, na experiência psíquica, ao transcurso da gravação do programa de TV.)
Voltei do transe dentro de um transe (ainda estava desenvolvendo o tema sobre que discursava ante as câmeras) e, de imediato, qual se fosse um assunto resolvidíssimo para mim e de meu pleno conhecimento (acontecera tudo num átimo de segundo, no meio de minha fala), adicionei, à explanação temática, o informe novo, que acabara de receber, sobre como os Espíritos Guias obtiveram meios para inspirar as mudanças em nosso site.
Magnífico como a Vida é mais ampla e multidimensional do que imaginamos. Riqueza infinita, em todos os sentidos, a serviço de nosso processo evolucional, na expansão de nossa capacidade de entender, sentir, realizar e transformar, de dentro para fora, o nosso e o mundo de outros corações, que desejarem se fazer receptivos à enxertia sagrada de que nos façamos canais, a bem da humanidade inteira, ainda que, diretamente, apenas um punhado de criaturas seja atingido por nosso raio de influência pessoal.
(Texto redigido em 26 de agosto de 2009.)
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