Benjamin Teixeira
pelo espírito
Eugênia.

Você foi linda, e a seus pés os homens se curvaram, atendendo-lhe às mais sutis súplicas de seu olhar.

Você foi nobre, e os vassalos de toda a Terra renderam-lhe homenagens à fidalguia.

Você foi culta, e os ignorantes de todos os recantos vieram-lhe colher as palavras sábias, sorvendo-as, felizes.

Você foi gênio brilhante, e os obtusos de todos os rincões acorreram, prestos, ávidos de lhe assimilar os conteúdos sublimes da mente arguta.

Agora, Luíza, é você um expoente de amor e de maturidade, retemperando, em si, os elementos do medo, da dúvida, do tédio, das incertezas entre o bem e o mal, das confusões, das dores desconhecidas, dos conflitos, dos horrores ocultos, das desgraças escancaradas…

Hoje, Luíza, é você a Luz dos desprovidos de luz e a sombra benfazeja de reflexão e transformação, para os que seguem aturdidos com o ofuscamento das ilusões, de almas encandeadas pelos fogos-fátuos das paixões.

Levante, filha querida, todos os dias, da treva de sua fraqueza humana, e caminhe, resoluta, para a luz imorredoura do serviço divino, marchando na direção dos sofredores de todos os matizes que a buscam, consciente ou inconscientemente cientes de quem você é e de que função exerce em suas vidas, porque, filha minha, aconteça o que acontecer, não perca de vista a Quem serve e nem de que Ele a protegerá do que for, na medida que em que estiver fiel ao mandato que lhe confiou.

(Texto recebido em 5 de outubro de 2002.)