O medo constitui sistema de defesa presente em animais e seres humanos, adquirindo feições mais complexas na esfera evolutiva hominal. É neste patamar de processamento cognitivo que espocam as fobias, o terror noturno, a síndrome de pânico, a desesperança quanto a si e a outras pessoas, o pessimismo, o cinismo e o niilismo completos em relação à vida…
Originalmente, o medo é ferramenta útil à proteção da incolumidade física e à promoção da prudência e da ponderação, afastando o indivíduo da intemperança e da presunção.
Quando degradado, todavia, por distúrbios perceptivos diversos, propiciados ou não por fatores externos, conforma um dos mais perigosos e comuns gatilhos para a conexão mental com faixas de consciência perturbadoras e seus(suas) agentes malevolentes, acarretando desastres inevitáveis e polifacéticos, não só na própria existência do(a) incauto(a) que inadvertidamente lhe caia nas malhas dantescas, mas também na de quem o(a) circunde…
Aprenda, amado(a) filho(a), a interpretar as ondas de pavor e até os receios sutis como fontes de informação. Eles tanto podem provir de esquemas tenebrosos do mundo exterior, incluindo o domínio extrafísico, quanto podem brotar de mera viciação psicológica, sua ou daqueles(as) que, coabitando ou não com você, sintonizem com seu padrão de consciência.
Por outro lado, os “dardos” do medo e as frequências contínuas de apreensão comumente configuram chamados à atenção e à responsabilidade, avisos indiretos de vetores saudáveis e construtivos da parte inconsciente de sua psique, ou mesmo alertas oriundos (pela via universal da inspiração) de numes tutelares de seu coração – os anjos, as santas almas, os luminosos espíritos ou como queira denominá-los(as).
De qualquer forma, porém, funcionando à maneira de vagas indutoras ao caos ou de magnetos fomentadores da transcendência, o medo é sempre instrumento da Divina Sabedoria, a lhe propor enigmas evolutivos, conclamando-o(a) à observação acurada (em termos intelectuais), à vigilância (no campo dos sentimentos) e à fraternidade (em todos os âmbitos de sua vida).
Recorde-se, o mais continuamente possível, da máxima do Cristo Verbo da Verdade: “Vigiai e orai para não cairdes em tentação”.
Eugênia-Aspásia (Espírito)
em Nome de Maria Cristo
Benjamin Teixeira de Aguiar (médium)
Bethel, CT, região metropolitana de Nova York, EUA
19 de agosto de 2020