Benjamin Teixeira
pelo espírito
Eugênia.

Sua mente sofre a crise da mudança?
Respeite o ciclo da morte psicológica de uma fase, e aguarde o término da gestação psíquica que ora padece, rumo ao novo padrão de consciência que está na iminência de surgir.

Não adianta lutar pela vida do que já está morto, nem tampouco querer que morra algo que está vivo – a não ser que se mate: abortos existenciais do que ainda é necessário e mesmo vital à evolução do indivíduo.

Aceite a Vida como ela é. Brigue pelos seus princípios, empenhe-se em acertar, mas aceite o inelutável: nem sempre as coisas, as pessoas e nós mesmos somos o que gostaríamos que fôssemos. Destarte, encontrando o imprevisível, e não podendo alterá-lo, deve a ele se adaptar, em regímen de boa vizinhança, quando não puder fazer um consócio entre ele e seus projetos de vida.

Não se apresse a disparar o toque de recolher e o blecaute para proteger-se de bombardeios, quando sequer avistou o inimigo, nos radares da consciência. Observe cuidadosamente se não está dramatizando. Para sabê-lo, verifique o estado de sua mente. Está em boas condições? Está tranquila, satisfeita no essencial, segura? Se não, provavelmente estará distorcendo a percepção dos fatos, projetando, nas realidades externas, suas neuroses, medos e frustrações, dando a ilusão de estar exposta a perigos em verdade imaginários.

Sim, você tem o direito de ser feliz. Contudo, primeiramente, deve estar são. Renove suas forças e cure sua alma, nas fontes translúcidas da fé, da esperança e do amor. Por meio desse trio imbatível, sem possibilidade de erro, em muito pouco tempo estará completamente curado, realizado e feliz.

(Texto recebido em 22 de outubro de 2002.)