“O mundo é cão e você seria um pobre ‘gatinho(a)’ perseguido(a) por ele?… É assim que você sente sua relação com a Vida e o Universo de abundância e justiça Divinas?
Lembremo-nos de que a comunidade canina demonstra, entre as inumeráveis espécies de mamíferos sobre o orbe, a excelência do ajuste ao convívio humano, com animaizinhos de todos os portes e raças a transbordarem ternura, lealdade e submissão a quem os acolhe, embora as naturais exceções de indivíduos e raças mais violentos.
Recordemo-nos, em contrapartida, de que os gatos representam, na família dos felinos, a pequena parcela que se revelou apta à domesticação, família essa repleta de ferozes predadores, como tigres, leões, leopardos, guepardos, onças etc. E mesmo os gatinhos, que tanto inspiram o enternecimento e o espírito de cuidado e zelo, ao menos em pessoas mais sensíveis, são, por natureza, voltados para si próprios, egocêntricos e mimosos como bebês humanos.
As duas espécies animais constituem, dessarte, excelentes metáforas a explicitarem, apropriadamente, a problemática e distorcida percepção da maior parte dos contingentes humanos terrestres, que tende a atribuir culpa por suas frustrações e sofrimentos a fatores ou agentes externos, ao reverso de assumir a atitude adulta de chamar a si a responsabilidade pelos eventos que ocorrem em sua existência, mesmo aqueles que foram diretamente provocados por terceiros, porquanto, invariavelmente, há o elemento causal na criatura que permite acontecer ou imanta, para seus caminhos, circunstâncias menos felizes que lhe refletem necessidades evolutivas.
Se o bebê recém-nascido, como velho espírito em processo de reencarnação, recebe aquilo que fez por precisar (mais do que por merecer), por matrizes comportamentais e psíquicas que carreia em seu mundo íntimo, d’outras vidas físicas, o que se não poderá dizer de adultos?
Abraçar a responsabilidade pelos próprios problemas é a única maneira de, com segurança e eficácia, conquistar poder para solucioná-los e promover o melhor para si e para o mundo, que, assim, merecerá mais ser alcunhado de ‘cão’, como reza o aforismo popular, e ser menos lobo voraz, como o fazem dele, em grande medida, as personalidades lupinas, em faixa hominal de consciência, encarnadas no globo ou habitantes de regiões extrafísicas próximas à superfície do planeta.”
MARIA SANTÍSSIMA
conforme tradução do Espírito Eugênia-Aspásia
Médium: Benjamin Teixeira de Aguiar
Psicografia de 16/08/2014