Benjamin Teixeira
pelo espírito Eustáquio.
Nos pródromos da outra dimensão, quando estiveres trespassando esta dimensão para a outra de Vida, lembrar-te-ás de tudo que poderias ter feito e não fizeste.
Não aguarde a irremissível depressão pós-mortem, do remorso irremediável por teres deixado de fazer o que deverias… o que poderias…
Faze, hoje, aquele telefonema amistoso, para amigo que não vês, a longa data.
Digita, presto, correio eletrônico (*) para companheiro de antigas jornadas, que ora não mais partilha de teus caminhos existenciais.
Acende, no imo do peito, prece ligeira, pelos desvalidos da sorte, que seguem a teu lado, em silêncio, discretos, sem reclamar ou pedir socorro.
Toma iniciativa de bem fazer, um buquê de flores para a mãezinha querida, um aperto de mão em funcionário humilde, um sorriso caloroso para o mendigo que ajudas.
Não adies nada de o todo bem que possas hoje fazer… porque… amanhã… talvez seja tarde demais… e tenhas que, tão-somente, prestar contas ante o Grande Juiz de tudo que fez ou não fez de sua vida, e de quanto de vazio ou realizações deixou em pós si, como rastro feliz ou desditoso de tua passagem pela Terra…
(Texto recebido em 5 de maio de 2003.)
(*) E-mail (Nota do Médium).