“Eis que vos envio como ovelhas ao meio de lobos(as)”¹ – afirmou Jesus a Seus(Suas) discípulos(as). Indubitavelmente, a tarefa dos(as) genuínos(as) representantes do Bem não é fácil, numa psicosfera qual a da atualidade terrena, ainda pejada de baixos instintos animalescos e egoicos.
Os(as) legítimos(as) embaixadores(as) do Plano Sublime não agradam aos(às) de vida mundana, não se coadunam com os(as) que procuram poder efêmero, não se rendem às academias da cultura dominante no orbe, nem mesmo se afinam – ironia das ironias – com as classes religiosas de seu tempo e lugar.
Por constituírem antenas vivas de uma era evolutiva posterior, são naturalmente vistos(as) como “marginais” e sofrem, por conseguinte, de acordo com as características de cada época, variadas formas de perseguição, desde os leões da Antiguidade Romana, passando pelas fogueiras da Idade Média, até o escárnio público dos dias correntes.
Mas ai daqueles(as) que atacam os canais da Fonte da Luz para a Terra… E, em contrapartida, felizes aqueles(as) que, como postes vivos da Iluminação Celeste no âmbito material de existência, perseverarem até o fim, porque, conforme igualmente asseverou o Cristo da Verdade, estes(as) serão salvos(as)²…
Benjamin Teixeira de Aguiar (médium)
Eugênia-Aspásia (Espírito)
em Nome de Maria Cristo
23 de outubro de 2010
1. Mateus 10:16.
2. Mateus 24:13.
Comentário de Eugênia-Aspásia
Não aguardemos facilidades no campo da sintonia com as faixas mais elevadas de consciência, sobremaneira quando estamos encapsulados(as) em organismos de matéria densa.
Isso, entrementes, não constitui culto ao pessimismo ou à dor, mas justamente o reverso: em sendo alertados(as) para os obstáculos que inexoravelmente encontraremos no percurso do verdadeiro alinhamento com o Alto, podemos não só melhor nos preparar para os desafios inevitáveis da jornada, como também descobrir motivos de alegria no serviço a fazer, no bem a promover, na sabedoria e no amor a disseminar. Pois que júbilo maior haverá do que servir a Deus?!…
Que cada um(a) se apreste, portanto, para focar a mente nos aspectos espirituais da vida, entregando-se menos aos elementos mais grosseiros da existência, de caráter meramente material, o que não implica denegar, de modo algum, o valor intrínseco dos recursos do mundo físico. Apenas, devem eles estar a serviço do Ideal, e não o contrário.