Benjamin Teixeira
pelo espírito Eugênia.
O que está implicado no estudo dos três domínios da natureza e do comportamento humanos (ser, ter e fazer) é que, por detrás e acima deles, está o do amar, como uma transcendência da tríade que conduz à “perfeição” da plenitude. Muito embora fazer, ter e ser estejam imbricados, o amor transcende a si mesmo e simplesmente é. De modo que não é tão necessário estabelecermos como, quem e onde amamos, mas sim, que amemos.
Amar, a despeito de todas as adversidades, amar não importa quem seja, ou o que for. Amar na realização vocacional, no trabalho profissional, no fazer das atividades cotidianas, rotineiras, meramente operacionais. Amar, nas posses que são colocadas a serviço de um ideal. Amar, no se tornar uma pessoa melhor, a fim de que se possa sentir com maior qualidade e servir em maior nível de excelência.
O amor é, simplesmente, a plenipotência do ser humano, para que este, paradoxalmente, se torne algo maior, algo melhor, transpondo, assim, o limite da condição hominal, e se supere, em futuro não tão distante – como supõem os encarnados –, lançando-se ao patamar da angelitude. Pode, então, o amor desdobrar-se nas outras manifestações do ser, sem grandes dificuldades, diferente do que ocorre no plano humano de consciência, em que precisamos começar com o fazer, o ter e o ser, a fim de que possamos desembocar transbordantemente no Amor Divinal que já nos palpita no seio, sem que nos demos conta disso, o germe oculto da Divindade que habita no recôncavo profundo de nossos corações.
Não podemos dispensar a atividade sistemática, disciplinada, naquelas três categorias e departamentos de nossas almas, como falamos: o ter, o fazer e o ser. Que estudemos, criteriosamente, essas questões capitais da nossa condição humana, para que possamos, um dia, transcendê-la definitivamente. Mas nunca percamos de vista que, essencialmente, é do amor que precisamos, e será ele que nos redimirá e nos projetará à glória celeste, à bem-aventurança sem máculas, à felicidade total.
(Mensagem recebida pela psicofonia do médium Benjamin Teixeira, em 16 de dezembro de 2006, no transcurso do último dos retiros espirituais do ano transato, denominados, no Salto Quântico, de Jornadas Holísticas. Revisão de Delano Mothé.)