Benjamin Teixeira
pelo
Espírito Roberto Daniel.


Primeiro, lembremos do princípio essencial de que a Criança Interior e o Id são condutos vivos da psique, no sentido de sua integração psicológica, que necessariamente passa pela rota da Sombra Psicológica que, em sua interioridade mais profunda, contém a semente viva do Self – a personalidade total, em gérmen, que habita nosso mundo interior e que aguarda ser plenamente reconhecida e incorporada à mente consciente, aqui entendida, de forma genérica, como “ego”.

A casa da personagem central representa a mente integral. A Sombra se confunde com as estruturas da mobília, porque, de fato, é partícipe do arcabouço psíquico da criatura.

As águas traduzem a imensidão do inconsciente, com seu conteúdo a ser colhido e integrado. O ego, porém, atuando sozinho, não é só muito ineficiente, costuma ser prejudicial a si mesmo na elaboração de seus aspectos constitutivos: a Sombra e o Self por detrás e dentro d’Ela. O animal-criança interior aponta para a direção que o ego deve seguir, a fim de efetivar esse longo trabalho de construção de Si-Próprio, só que a mente consciente-racional muito raramente atende a tais sugestões sutis, espontaneamente.

O ego se recusa a enxergar a sombra psicológica, aqui considerada na acepção de aspectos indesejados, componentes da totalidade mental, não os admitindo como integrantes de sua individualidade. A sombra está retratada na figura do criminoso fugitivo.

O ego também interpreta de modo sofrível as participações dos vetores psíquicos do Si-Mesmo que se podem chamar de “criança interior” ou de intuições do “Id” (a subpersonalidade animal que habita a interioridade de toda criatura, o que os norte-americanos costumam denominar de “seguir os próprios instintos”). Diferentemente do ego animal ou sub-eu animal (o tal Id), o ego humano primário tende a levar à conta de fontes precisas de informação (como “amigos humanos”, ou seja: raciocínios ou percepções lógico-lineares ou objetivo-informativas) tais lampejos de impressão íntima, os famosos palpites, muito subjetivos e complexos em sua decodificação, aproveitando pessimamente, quando não nula ou contraproducentemente, sua interação com esses setores da psique, neste filme representados na figura de um cão. Graças a este evento corriqueiro – diríamos mesmo generalizado – de mau aproveitamento da criança-interior-animal-instinto é que muitos se decepcionam, em esmagadora maioria da população do orbe, com os processos da intuição, da oração, da meditação, da fé e da espiritualidade como um todo, fugindo, cada vez mais (o fugitivo do filme, na verdade, é a personagem central que lemos, aqui, na condição do ego , e não o bandido, que representa a Sombra e constitui, portanto, fonte de informação e de crescimento para o Ser), rumo aos mecanismos racionalizadores do ego, em um ciclo vicioso progressivo, até que a existência se torne insuportável para essas criaturas, levando-as a sofrer um colapso existencial, que as propulsione a novo nível de consciência, não mais regido pelo ego.

A personagem do amigo, por fim – simbolizando as forças, presenças ou experiências que nos são legitimamente construtivas e aliadas da nossa felicidade –, é vista, pelo ego, como ameaçadora, perigosa, necessitando ser contida e aprisionada.

Observe-se que esta figura do amigo se assemelha muito ao perfil do cão, destacando-se bastante esta semelhança no filme, pela sua chegada numa silhueta contra a luz, sombreada (remetendo à sombra das potencialidades latentes – os elementos positivos da Sombra, não assumidos também pelo ego), dirigindo seu veículo, a nos chamar a atenção para o fato de que, quando a intuição toma feição elaborada, num nível humano, surgindo como voz ou padrão mental, dentro de nós próprios ou representada numa voz externa, com que entramos em ressonância, costumamos reagir muito mal (se estamos movidos pelo ego), considerando excelentes intuições pessoais ou grandes e genuínos mensageiros de Deus na Terra como agentes contrários à nossa paz e bem-estar, quando não os tomando abertamente por malévolos.

Diante disso, somente a Providência Divina, com seus milagres que nos cercam por toda parte, para explicar como, apesar de o ego tanto trabalhar para atrapalhar os Fluxos da Vida, conseguimos acertar, aqui ou ali, em nossas conclusões ou decisões existenciais, a ponto de não bloquear completamente o processo evolutivo de nossas almas limitadas.

Imaginemos o que acontecerá quando aprendermos a colaborar com a Divina Providência e Seus Enviados, para tornar nossas vidas mais ricas de felicidade, paz e realização pessoal, em todos os sentidos.

Senhoras e Senhores, com vocês,

Mister Magoo!

(Texto recebido em 15 de janeiro de 2010).


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