Afirmaram, primeiramente, que seria em 1999 ou 2000. Depois, apontaram novas datas: 2012, 2015… E, agora, a nova moda milenarista é propalar, inclusive utilizando o respeitabilíssimo nome de Chico Xavier, que 2019 é o marco final.
Como sempre, só uma tese prospera com essas previsões apocalípticas, fomentadas por gênios do mal interessados em desarticular a fé, a esperança e os valores morais das coletividades humanas – a tese dos ateus, materialistas e niilistas, que a cada desilusão das massas de crentes ingênuos, gritam terem razão em acreditar que nada além da matéria densa existe.
Suspendamos, de uma vez por todas, o vício de aguardar a salvação de fora, seja o retorno físico e individual de JESUS ou a chegada de uma civilização alienígena superior.
Tanto o Cristo Verbo da Verdade quanto também humanidades mais avançadas, residentes em outros rincões ou dimensões dos multiversos, atuam sobre o orbe terreno. Mas nem Um nem outras nos subtrairão a responsabilidade por resolvermos nossos problemas evolutivos, como pessoas e como coletividade humana.
Sejamos mais maduros e percucientes na interpretação de profecias ou textos sagrados. Não tomemos o prisma primário da literalidade. Aprendamos a decodificar mensagens implicadas em metáforas, de que se constituem quase todas as augustas revelações espirituais na Terra.
Paulo de Tarso asseverou: “A letra mata, o Espírito vivifica” (1). Tenhamos, assim, mais espírito, inteligência e responsabilidade ao abordarmos as mais sérias de todas as temáticas, e que nos dizem respeito a todos: as espirituais.
A Parúsia, a Segunda Vinda de JESUS, já está acontecendo, coletiva e espiritualmente, em processo paulatino, século sobre século, com a melhoria da atitude, do estado de consciência, dos sentimentos das criaturas humanas no globo.
Seres mais evoluídos, encarnados ou não, que inclusive dispensam naves espaciais para se locomoverem no espaço-tempo, nunca deixaram de inspirar o desenvolvimento da espécie humana na Terra, auxiliando-nos sem interferir diretamente em nosso livre-arbítrio.
Precatemo-nos contra ondas de pessimismo e desespero que seduzem mentes menos treinadas e lúcidas. Há, sim, uma grande transição de Era, em desdobramento, mas uma grande mudança para melhor.
Claro que a humanidade atravessa um período de crises graves e múltiplas, seja na política internacional, com tiranos e grupos terroristas ameaçando a segurança e a paz mundiais; seja no colapso parcial dos ecossistemas, que ainda sofrem progressivos abusos das sociedades e indivíduos inconscientes, do sistema fabril e de consumo, da cultura do desperdício; seja na mudança rápida de costumes e na polarização crescentemente aguda entre conservadores e progressistas.
Muitas tragédias sociais, internacionais, econômicas e naturais estão por vir. Todavia, nada disso, nem de longe, sinaliza o fim da civilização humana no planeta. Aponta, sim, de modo mais explícito a cada dia, para a urgente necessidade de transformação de hábitos, de quebra de paradigmas, de eliminação de fronteiras perigosas de discriminação e ódio recíprocos, entre pessoas e nações.
Precisamos tão só fazer a escolha pessoal por pertencer ao grupo que tem a honra de colaborar com o renascimento da humanidade e seus valores mais subidos, para que logremos o merecimento de permanecer na Terra, no domínio físico ou extrafísico de existência, e nos beneficiemos com os frutos da nova fase que já desponta, de maior prosperidade, harmonia e felicidade, entre indivíduos e povos da grande família terrestre.
Espíritos Temístocles e Eugênia-Aspásia
Médium: Benjamin Teixeira de Aguiar
11 de março de 2016
(1) II Coríntios, 3:6