Você me pergunta: por que isso acontece? E eu o(a) lembro, primeiramente, de que fazer indagações profundas e pertinentes, de caráter pessoal ou mais abrangente, constitui excelente exercício de lucidez, desde que conjugado ao esforço filosófico correlato de buscar significado e propósito benevolente ou evolutivo em tudo, ainda que esses contornos positivos normalmente não sejam descobertos em abordagens superficiais e apressadas, mesmo quando tais avaliações apriorísticas pareçam inteligentes, da perspectiva da mentalidade de uma época e cultura específicas.
Deus não erra, filho(a) amado(a). A capacidade humana de arguição e cognição é que é limitada. Logo, se você avançar em suas reflexões o bastante, haverá um ponto em que, inexoravelmente, deparar-se-á você com o paredão da perplexidade, do paradoxo, do assombro.
Entretanto, se você não for presunçoso(a), não se esquecerá de que, por mais afiada a sua perspicácia ou avantajado o seu conhecimento, você continua sendo apenas – ou tudo isto – um ser humano, portador de extraordinários potenciais, mas também de inelutáveis limitações.
Destarte, caso você não tenha alcançado o entendimento completo de qualquer coisa, pessoa ou evento, não é o Ser Supremo que “deixa de existir” por isso – é sua percepção humana que não é infinita.
Ou será que você prefere se abraçar ao disparate de renunciar à sensatez e julgar que sua inteligência e saber não têm bordas?
Benjamin Teixeira de Aguiar (médium)
Eugênia-Aspásia (Espírito)
em Nome de Maria Cristo
LaGrange, Nova York, Estados Unidos da América
10 de agosto de 2022