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Thaïs Bezerra.
“O que é santidade? Não fazer sexo? Obedecer a convenções sociais? Renunciar a responsabilidades materiais? Essas três atitudes hoje são interpretadas, corretamente, como manifestações de hipocrisia, doença psicológica, ignorância ou fuga ao dever. Houve, porém, quem vivesse o estereótipo clássico do ‘santo’ e fosse realmente um espírito nobre, mas por seu idealismo, bondade para com o próximo e devoção a Deus, e não pelas razões que eram consideradas sinais de maior valor moral. Atualmente, homens e mulheres esclarecidos não almejam ‘santidade’; buscam ser maduros e justos, no cumprimento das funções que intuem como incumbências suas, não por delegação da moral e legislação vigentes, mas por atribuição de sua própria consciência, que amiúde, como se sabe, pode contrariar o que a lei ou os costumes de uma época e lugar ditam como certo. São Francisco de Assis, por exemplo, tirou a roupa em público, na ‘chocante’ circunstância de rejeitar seu pai biológico, durante um processo judicial movido pelo genitor, que o acusara de furtar seus bens materiais.” (Benjamin Teixeira de Aguiar)