Desde quando lancei o programa de TV de nossa Organização, em janeiro de 1994, representando um Grupo de Mestres Espirituais, defendo os direitos da comunidade homossexual, tanto em nível local como no nacional (via satélite, para todo o Brasil, desde 1996) e mesmo fora do país (uma edição compacta de nosso programa é exibida nos EUA, desde 1997). Dá para imaginar, na condição de líder de uma corrente de pensamento espiritual-cristão, a quantidade de resistências que enfrentamos, no correr destes 21 anos… até hoje!…
Falar do que atesta a Ciência sobre o assunto é quase uma piada, solapando qualquer argumento de quem deseje fomentar controvérsia. Desde que a Associação Psiquiátrica Norte-americana passou a considerar a homossexualidade como um comportamento sexual natural em seres humanos, no já longínquo 1973, organismos seriíssimos internacionais, como a ONU e a OMS, e nacionais, tais quais a Associação Médica Brasileira e o Conselho Federal de Psicologia, foram lavrando e publicando seus documentos em defesa da mesma ideia – tudo isso antes da virada do século!
Muito antes disso, todavia, há décadas que, nos meios mais cultos e nas nações mais civilizadas do planeta, é cada vez mais deselegante e deseducado discriminar gays, lésbicas ou bissexuais. Mais recentemente, entre gente instruída e informada, o ato de condenar alguém por portar orientação sexual diferente da maioria tem sido considerado, com maior e crescente veemência, como crassa demonstração de ignorância, pouca inteligência e/ou imaturidade psicológica.
Na esfera do Direito e das legislações ora vigentes, onde haja povos de vanguarda, os direitos civis de homossexuais e mesmo o matrimônio civil igualitário têm revelado equivalente progresso, no sentido da aceitação indiscutível.
Entretanto, preciso reconhecer publicamente: quando me casei no religioso, em 2009, com meu esposo, Wagner de Aguiar, ou mesmo quando oficializamos nossa relação no civil, no tão recente 2013, não imaginava que a onda transformadora neste âmbito dos costumes e das liberdades individuais adquiriria a velocidade e pujança que vem apresentando, progressivamente, no correr dos anos!…
Defesa em causa própria? Como homossexual na maturidade, que me reconheço gay desde a infância, posso asseverar, falando em nome de estudiosos de psicologia de diversas correntes: os maiores perseguidores de gays, lésbicas, bissexuais e transgêneros são pessoas com questões mal resolvidas quanto a suas próprias inclinações sexuais ou de identidade de gênero. Em contrapartida, os grandes colaboradores e defensores dos direitos da comunidade LGBT costumam ser heterossexuais cisgêneros, grandes juízes e estadistas com visão muito além da mediocridade de grupelhos retrógrados que toda sociedade conta em seu seio.
Parabéns à Suprema Corte dos EUA e ao grande líder do Executivo da mais influente nação da Terra! Com o estabelecimento, em nível federal, do direito do casamento entre pessoas do mesmo sexo, um passo importante para os princípios de igualdade e liberdade foi dado não só nos Estados Unidos, mas no mundo inteiro, pelo imenso poder indutor que a cultura norte-americana desfruta sobre o globo.
O movimento em prol dos direitos igualitários, no campo da orientação sexual e da identidade de gênero, é tendência histórica e evolutiva que se agiganta célere e irreversivelmente, a despeito da gritaria de alguns grupos minoritários, engolfados em estreiteza mental, ignorância e boa dose de mesquinharia e interesses inconfessáveis.
ALERTA GRAVE para os que se dizem cristãos!
JESUS NUNCA condenou a homossexualidade!
Observem a argumentação de homofóbicos que se baseiam em passagens da Bíblia: NENHUMA delas está nos Evangelhos do Cristo!
Jesus, que protegia minorias, condenava as autoridades religiosas preconceituosas da época, como os fariseus e saduceus, a quem alcunhava de hipócritas! Essa elite religiosa (que, por curiosa coincidência com eventos atuais, também era política) não por acaso seguia radicalmente o Antigo Testamento, onde se encontram os tais excertos bíblicos em que se escoram os fundamentalistas homofóbicos de hoje, sacrilegamente afirmando-se representantes do Cristianismo. NÃO SÃO! E, não importando quanto gritem em contrário (como fazem os tiranos), prestarão severas contas ao Cristo Verbo da Verdade e da Fraternidade, nesta vida ainda e… depois da morte… só Deus o sabe!…
Há quem prefira se assemelhar a fanáticos de religiões convencionais, como os terroristas genocidas que matam inocentes e perseguem minorias!…
Os que somos legítimos cristãos só temos uma linha de conduta possível a respeito da temática LGBT: devemos dizer SIM ao amor e à inclusão, e nunca à postura condenatória, característica daqueles que foram responsáveis pela crucificação de Jesus… e que continuam a fazê-lo, ainda hoje…
Mas “ai daqueles por quem vem esse escândalo” de ódio, retrocesso e blasfêmia (fazendo aqui a aplicação correta das Palavras de Nosso Mestre e Senhor Jesus)!… Não fazem ideia do ridículo que sofrem já agora, diante de pessoas informadas e decentes, e do quanto esse seu descompasso moral retrógrado e vergonhoso se intensificará rapidamente com o tempo, levando-os a se marginalizarem no seio das sociedades e, pior que tudo, a se responsabilizarem gravemente, perante as Potestades Celestes, por tentarem vincular o sacratíssimo Nome de Jesus a seus preconceitos e iniciativas diabólicos de perseguição a minorias…
Quanto ao além-túmulo… deixemos por conta da indefectível Justiça das Forças de Deus!…
Benjamin Teixeira de Aguiar e Amigos(as) Espirituais
Aracaju, 26 de junho de 2015