por Benjamin Teixeira.
Passa um pouco das duas horas da manhã (fuso de Brasília). Acabei de fazer o percurso entre a casa de meus pais e a minha. A Lua, ao que me pareceu cheia (ou quase isso), desenhava um lindo e brilhante amarelo claro, no firmamento escuro de fundo.
Ela me falava de tristeza… uma cortante e profunda tristeza… a tristeza de todos que quiseram viver um grande amor e não viveram; dos que choraram sozinhos, sem que ninguém percebesse; dos que viveram para os outros, sem receber o aconchego de nenhum ninho.
E, então, pedi a ela, a Lua, tão reluzente e altaneira no céu, que levasse conforto e significado às vidas que depauperam no vazio do propósito. Supliquei a ela que levasse vida aos que careciam dela… morrendo, por dentro; sorrindo, por fora…
E a Lua sumiu, por detrás de um conjunto de espigões da metrópole sergipana, a cálida Aracaju…
Felizmente, para aqueles que só trabalharam pela felicidade de outros ou de tempos futuros, sempre existe o amanhã vindouro, nesta ou n’outras reencarnações, quando eles também poderão usufruir das alegrias que semearam… e que, ainda hoje não podem… e, talvez, por muito tempo mais, não possam desfrutar…
A vida, graças a Deus, é eterna!…
(Texto redigido em 29 de junho de 2004.)
(*) Trata-se de uma metáfora poética, obviamente.
(Nota do Autor)