Benjamin Teixeira
pelo espírito Eugênia.
Sofres agora, diretamente, nossa influência, através dos fluidos ou das correntes psíquicas que diretamente recebes, de chofre, no próprio peito. Se sentes, mais direta e claramente, o que recebes de nossa faixa de consciência, mais fácil é que leias o que se passa contigo por teus caminhos, “em espírito e verdade”, e mais difícil que venhas a ser iludido pelas torrentes de ludíbrio e perfídia, que correm pelo mundo, a serviço das estultícias e das falácias do plano inferior, das paixões que ensandecem as criaturas, fazendo-as olvidarem sua origem divina e as finalidades de engrandecimento espiritual de sua passagem pela ribalta terrena.
Logo, em vez de te sentires enganado, por te perceberes temporariamente mais sorumbático e acabrunhado, agradece a aflição indefinível que te convida à reflexão e à interiorização, porquanto, por meio da introspecção bem vivida, encontrarás o norte para a vida eterna: a voz de tua consciência, de teu ideal, de tua paz e felicidade verdadeiras.
Sabemos que estás confuso e triste. A melancolia – já foi dito, entretanto (*) – é um sinal da saudade do Céu; e esta nostalgia, sentida na dimensão física de vida, indica que o indivíduo está sintonizado com os valores e os princípios do Plano Sublime, apesar de provisoriamente asilado num mundo de trevas. Por conseguinte, trata-se de um sofrimento parcial e leve, que evidencia um ganho, uma alegria e uma vitória permanentes e profundos.
Não te deixes, assim, levar pelas aparências. Melhor que ora te ponhas menos eufórico e mais consciente de tuas responsabilidades, dos motivos de tua estada no domínio físico de existência, que te fazeres animado excessivamente e perderes o norte dos próprios compromissos, distraído com futilidades perigosas do mundo material.
(Texto recebido em 13 de maio de 2007. Revisão de Delano Mothé.)
(*) Em artigo componente de “O Evangelho segundo o Espiritismo”, capítulo V, item 25.
(Nota do Médium)