Perdão devemos a todos(as), inclusive a criminosos(as).
Tolerância, todavia, só é devida a pessoas em condutas divergentes que não impliquem desrespeito a terceiros e a nós próprios(as).
Quem perdoa não odeia e mesmo deseja o bem ao(à) destinatário(a) de seu perdão. Entretanto, se portar consciência e sensatez, além de boa índole ou bom coração, exigirá atitude que consagre a dignidade e a incolumidade de todos os seres humanos.
Destarte, devemos perdoar o(a) facínora, mas aplicar-lhe os limites estabelecidos pela lei humana, assim como a Justiça Divina naturalmente Se concretizará, em forma de consequência cármica, imediata ou futuramente.
É assim que, por exemplo, uma mulher consciente perdoa o cônjuge violento que a agrediu fisicamente, mas, em contrapartida, impõe-lhe o divórcio, em nome da sua e da segurança de filhos(as) em idade infantojuvenil.
Do mesmo modo, ninguém deve esperar que o mal aconteça na existência de uma criatura perversa ou preconceituosa, mas todo indivíduo consciencioso tem a responsabilidade de defender a si e a seus entes queridos, bem como a integrantes de quaisquer minorias discriminadas ao alcance de seu poder de ação.
Eis por que Jesus orou pelos crucificadores¹, sem lhes dirigir palavra².
O Cristo-Verbo asseverou, outrossim, que viera trazer a espada e não a paz³, aditando, em outra ocasião, que a paz que Ele legava a seus(suas) discípulos(as) não era a que o mundo oferecia⁴, porquanto constitui a paz de consciência daqueles(as) que cumprem o próprio dever, amiúde em conflito com expectativas alheias e caprichos pessoais.
Benjamin Teixeira de Aguiar (médium)
Eugênia-Aspásia (Espírito)
em Nome de Maria Cristo
LaGrange, Nova York, Estados Unidos
6 de outubro de 2022
1. Lucas 23:34.
2. Mateus 26:63.
3. Mateus 10:34.
4. João 14:27.