Tens a mente em pandarecos: sobrecarga de tarefas no ambiente e nas funções profissionais, solicitações excessivas no seio doméstico, angústias e conflitos íntimos na busca da automelhoria espiritual.
Não estranhes, porém, esse estado deplorável. Se tua psique ameaça soçobrar, olha mais além e recorda que somente com esforço extremo se pode galgar o patamar seguinte de evolução.
O(a) desportista, na academia de musculação; o(a) ginasta, no empenho e disciplina de anos de sacrifício físico; o(a) acadêmico(a), em décadas de estudos esmerados – todos(as) aplicam quotas imensas de tempo e trabalho, vigor psicológico e espiritual, no projeto de se conduzirem à excelência específica, em suas respectivas áreas de expertise.
Tu também não prescindes de jornadas puxadas de máxima dedicação, para que dilates o próprio potencial ao limite possível, conforme as condições do atual estágio evolutivo em que te encontras.
Todavia, cabe considerar a questão basilar, na estratégia operacional dos períodos de investimento na expansão de capacidades: a necessidade de alternar fases de labuta intensa com momentos de restauração das energias depauperadas. Ou isso, ou o colapso das forças e a derrota fragorosa.
Assim, aprende a descansar no olho do furacão, sem perder teu foco no essencial.
Desfruta a companhia de amigos(as) e familiares, ouve música relaxante, assiste a filme agradável, dorme um tanto mais.
Realiza atividade física de tua preferência, que te desopile o organismo tenso.
Concentra-te em leitura de conteúdo espiritual, que te forneça inspiração e esperança em meio à borrasca.
Devota-te a práticas de preces, meditações e mantras, que te reconectem à Fonte Fundamental.
Frequenta grupo religiofilosófico, com que te afines e que te recomponha o ânimo combalido.
Coopera em obra de caridade, que te burile o espírito de solidariedade e fraternidade.
Acima de tudo, no entanto, persiste, sempre e mais, na trilha que delineaste para ti, de acordo com reclamos do ideal e da consciência, da intuição e da fé.
Não há nada de errado em teu caminhar, se sofres exaustão, volta e meia. Teus pés sangram, porque a trajetória é difícil e longa. Mas se estás em marcha resoluta, na rota de tuas metas, do que tens a reclamar, em última análise?
Renova as fibras d’alma, ciclicamente, e segue adiante, perseverando no que sabes te pedir o espírito, e não o ego; o coração, e não o orgulho. É tudo que deves fazer.
Benjamin Teixeira de Aguiar (médium)
Eugênia-Aspásia (Espírito)
11 de janeiro de 2008