Há trechos do Antigo Testamento e das epístolas de Paulo que exigem das mulheres o dever de submissão a homens, assim como existem interpretações evangélicas que atribuem o surgimento da raça negra a uma maldição decorrente do incesto de Noé com um de seus filhos. Nessa linha de raciocínios rasteiros e francamente deploráveis é que se poderia também encontrar base para a “condenação bíblica” à homossexualidade.
Leiamos os quatro Evangelhos clássicos e constataremos que nada há contra os três grupos – mulheres, negros e gays – ou quaisquer outras “minorias”. Ao contrário, JESUS combatia, incessantemente, a hipocrisia e a pretensão de superioridade dos(as) condenadores(as) de plantão, tomados(as) por sua sanha diabólica. As autoridades religiosas que provocaram a crucificação do Mestre, há dois milênios, continuam hoje a matá-l’O, no movimento assassino do desrespeito às diferenças e da perseguição a vítimas preferenciais da discriminação e do preconceito.
O Cristo Verbo da Verdade declarou-nos todos(as) irmãos e irmãs, oriundos(as) de um mesmo Pai – de uma mesma Mãe, aditaríamos para o público da atualidade. Estudemos mais e pensemos por conta própria, em vez de nos fiar no que os(as) pregadores(as) do preconceito alardeiam, amiúde movidos(as) por interesses inconfessáveis de grupos específicos.
O mundo civilizado se afasta progressivamente da barbárie do fanatismo que oprime e ataca segmentos minoritários das sociedades, a mesma geratriz do terrorismo genocida que ensombra a história da humanidade na Terra. “Haverá falsos cristos e falsos profetas”, alertou-nos o Próprio JESUS, acrescentando: “acautelai-vos deles”. E reiterou diversas vezes: “Vigiai e orai, para não cairdes em tentação.”
Benjamin Teixeira de Aguiar e Amigos(as) Espirituais
26 de dezembro de 2015