Benjamin de Aguiar,
pelo Espírito Eugênia.
Em todas as épocas e culturas, os grandes representantes da Luz, seja nas Ciências, seja no âmbito dos avanços socioculturais ou no campo das ideias filosóficas e religiosas, foram cercados, em igual medida, de grandes colaboradores e significativos movimentos de traição.
Atiçado por mágoas indefinidas, interpretando erroneamente eventos simples, em sequência e emaranhado de maus julgamentos, qual uma bola de neve de perturbação que se assoma ao cérebro do incauto desertor, vemos o beneficiário da véspera, que só tinha mel e louvor na boca, converter-se em fujão dos compromissos assumidos, quando não em franco inimigo da Causa que antes abençoava, num espectro que vai do que se desliga da intimidade do missionário de Deus, mas lhe louva o nome e as obras (com menos demérito, portanto), ao tresloucado, manietado pelas Forças das Trevas, que se faz franco inimigo do Ideal que o Enviado das Alturas simboliza e desdobra no domínio das formas carnais.
Curiosamente, essas pessoas não são encontradas entre os que estão muito distantes do foco do ataque, mas exatamente entre os que, próximos demais, passaram a banalizar o valor do Embaixador encarnado do Céu, vendo-o humano demasiadamente. Sãos esses que espelham suas próprias torpezas naquele que parece um igual, mas que é alma bem mais envelhecida no carreiro evolutivo, sem as intenções mesquinhas e as motivações subalternas, que o antigo íntimo presume-lhe adivinhar, no velho mecanismo das projeções psicológicas.
Alguns ficam estupefactos ao assistem a tais espetáculos de “traição incompreensível” (sem saberem que correm o mesmo risco de assim agir); outros, mais lúcidos, assustam-se, procurando as causas que geram tal comuníssimo evento – Chico Xavier, por exemplo, não tinha perto de si, nos últimos 40 anos de sua última existência material, nenhum dos 14 sobrinhos que criou. Por isso, aqui pretendemos destrinchar, sumariamente, o que já falamos de modo mais esparso e menos metódico, n’outras ocasiões: as motivações que provocam a ruptura para com Emissários das Faixas de Consciência mais Altas encarnados no domínio da matéria densa (não importando se dos mais distantes, ou dos mais próximos: da parentela biológica, antigos cônjuges ou ex-amigos), móveis estes que desencadeiam tal mola de perversidade e perversão da ordem, da hierarquia, do respeito e da harmonia que regem as relações genuinamente fulcradas em bases do Plano Sublime de Vida.
Primeiro elemento: a rebeldia típica dos dias que correm, em que não se distinguem o ideal libertário e a postura viciosa do “laisser-faire”, confundindo-se, no mesmo bojo de conceitos, livre-arbítrio com o não considerar que existe uma ciência do aplicar apropriadamente a própria liberdade, esquecendo-se que há Mestres Encarnados, como os há Desencarnados, que merecem, no mínimo, respeito, quando não reverência, e que têm não só o direito, como o dever, quando percebem uma falha moral em seus discípulos, de repreendê-los – o que o ego ultrassensível e mimado do homem e mulher médios da atualidade toma à conta de ofensa pessoal. E esta postura desrespeitosa e indisciplinada adquire contornos sinistros nos dias de hoje, fazendo qualquer pessoa merecer o achincalhamento ou o linchamento, conforme percebemos nas explosões recentes de movimentos racistas, sexistas e bairristas, a eclodirem na nação e fora dela, contra nordestinos, homossexuais e mulheres, ocidentais ou muçulmanos (sobre que falamos recentemente).
Segundo quesito: o interesse próprio ferido. O irmão ou filho biológico, tanto quanto o cônjuge ou os pais consanguíneos podem se julgar com direitos especiais sobre o indivíduo que é, diante das Verdades Eternas, herdeiro de si mesmo e obediente aos ditames de sua consciência e seus Mestres do Domínio Excelso, e não de sua parentela biológica. Nosso Mestre Maior foi extremamente severo neste particular: “Quem são minha mãe e meus irmãos?” – respondeu Ele, em certa ocasião, sequer atendendo Sua família física, que o aguardava, para repreendê-l’O. Por outro lado, Maria, Sua Mãe, demonstrou ser, de fato, Mãe pelo Espírito, igualmente (e não só do corpo), permanecendo ao Seu Lado, até o fim, quando, aos pés da cruz de Seu Místico Martírio, foi a Presença Metafórica de Deus, em Seu Aspecto Acolhimento e Misericórdia Infinitos. Quanto aos “irmãos” de Jesus, sabe-se apenas de um primo: Tiago, dito o “Menor”, porque não foi aquele outro Tiago, Apóstolo que o Cristo destacou como um dos Seus mais íntimos discípulos, ao lado de Pedro e João, este último, irmão biológico e espiritual de Tiago, o Maior – filhos, segundo reza o texto evangélico, de Zebedeu.
Terceira questão: muitos não suportam a pressão psíquica que se faz sobre sua condição de “satélites humanos” de um certo “vetor humano” de evolução coletiva. Se estão próximos de um líder legítimo em qualquer área, serão “puxados para baixo”, pelo misoneísmo da multidão, pelo interesse de manutenção do “status quo”, quase tanto quanto o próprio Centro do movimento de evolução, pelo qual o tal vanguardeiro é responsável. E estar perto do “olho do furacão” não é fácil, porque, volta e meia, alguém se distrai e, afastando-se um pouco do Centro, é tragado pelos vórtices poderosos da mente coletiva e das inteligências malevolentes ou viciosas, inimigas do próprio incauto ou do Movimento que pretendem deter ou destruir, arrastando-o para longe do Eixo Protetor de segurança, onde se encontrava antes… e de Que perde, por conseguinte, toda Proteção e Apoio… tragicamente… – eis por que os inimigos de figuras de grande relevância espiritual para o vulgo tendem a ter destinos medonhamente desgraçados.
Observe com tranquilidade, estimado amigo, aqueles que agem como ingratos e injustos, cobrando o que não podem nem jamais deveriam ousar pedir de você, esquecendo-se dos benefícios a mãos cheias que receberam, ano sobre ano, para então criarem fantasias mirabolantes em que se apresentam como vítimas diante de sua pessoa – meros pretextos com que tentam desculpar o indesculpável de sua atitude mesquinha e desvairada, óbvia assim para todos que observam de fora, menos para eles próprios. Sempre foi assim, na História das Humanidades, nesta fase de transição lenta entre o domínio do ego e o império do Espírito, e sempre será, enquanto a maioria, dentro dos contingentes populacionais terrícolas, não sintonizar com o próprio Self ou com o Céu…
Pior que tudo, para estes infortunados desertores: como estamos na Terra, encontrão invariavelmente quem os apoie – às vezes, de modo tão dramático e enfático, que alguns chegam a lamentar não terem antes partido de perto da Fonte de Suas Graças… desatino dos desatinos!… Como também disse Nosso Mestre e Senhor Jesus, mais uma vez aqui a Ele recorrendo: “Cegos são… condutores de cegos: cairão todos no barranco…”
Temos que, de todo coração, lamentar-lhes a sorte, e por eles orar, confiando-os a Deus, para que não seja tão longa a sequência de desgraças que programam para si, com suas atitudes desalinhadas com o Espírito de Respeito que Rege a Hierarquia do Plano Sublime – a tal “blasfêmia sem perdão”, também assim dito pelo próprio Cristo, no Capítulo 3o de Marcos. Naturalmente, tão mais dolorosas serão as tragédias, quanto maior a Obra a que dão as costas, quanto maiores as injustiças que perpetram; tão piores se farão as fatalidades, quanto mais demoradamente venham a ocorrer os eventos de “causa e efeito” inexoráveis, neste universo em que há a Misericórdia para os bons, mas a implacável Justiça para os que têm apenas a aparência de bons – uma aparência, amiúde, tão bem infiltrada no perfil psicológico dos imprudentes e irresponsáveis desertores, que eles poderiam fazer um juramento, sob efeito de polígrafos, e detectar-se-ia a sinceridade com que acreditam em sua perspectiva de vítimas prejudicadas, quando em verdade foram privilegiados fartamente, a receberem cascatas de dádidas do Céu… cuspindo, em seguida, no prato que comeram – fazendo uso do sábio aforismo popular –, apenas porque deixou de ser conveniente, a seu momento e interesses pessoais, estar onde estavam…
Que a Divina Bondade os faça despertar em tempo, pois que, frequentemente, só bem mais tarde costuma-se perceber o erro, quando o “tipping point” ou o “point of no return” foi ultrapassado, e terão que sofrer a caudal de consequências mefistofélicas que acumularam para si. A esta altura dos acontecimentos, em vão – conforme igualmente disse o Mestre Jesus – clamarão e chorarão, porque a Voz da Verdade lhes dirá, como está registrado nos textos sagrados: “Apartai-vos de Mim, vós que praticais a iniquidade”… E imagine-se o que aguarda os que praticaram ou praticam o mal contra os Canais do Bem!… Que a Clemência do Céu suavize suas amargas, inevitáveis e imprevisíveis provações…
(Texto recebido em 2 de dezembro de 2010.)
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