Benjamin Teixeira
pelo espírito Eugênia.
A tristeza enovela-lhe o coração, enchendo-o de maus augúrios. Amigos da véspera traíram-no, desavergonhadamente, após receberem, de seu coração, as maiores manifestações de carinho. Outros, agora, sentem-se no direito de lhe dilapidar o patrimônio dos sentimentos, intentando destruí-lo, já que não podem possui-lo.
Tenha paciência, querido amigo, com os companheiros que lhe não entendem o padrão de compreensão. Muitos, com a melhor das intenções, aproximam-se dos seus passos, mas, quais crianças perdidas na universidade, não sabem como se portar entre os doutos do ambiente.
Se hoje o tratam com desprezo ou desdém, “adivinhando-lhe” intenções menos dignas, nos esforços mais meritórios, releve-lhes a estultícia e a pobreza de espírito, e deixe-os a encargo do tempo, que lhes ministrará a lição do bom senso.
Há ainda aqueles que o supõem desajustado, precisando reequilibrar-se, não notando que eles mesmos seguem em total desatino, enquanto você se empenha no trabalho de auto-aprimoramento, dia a dia, ano sobre ano, lutando e vencendo, vagarosamente, cada uma de suas inclinações negativas.
Confie-os todos à Divina Bondade, sem mágoas, partindo do pressuposto de que cada um dá o que tem, e que, cedo ou tarde, ao transcenderem o padrão de consciência em que estagiam e passarem a outro nível de percepção, terão condições, então, de ler-lhe adequadamente os gestos e as atitudes.
(Texto recebido em 5 de fevereiro de 2003.)