(Perseguição, calúnia e injustiça que sofrem os legítimos Emissários do Alto.)

Benjamin Teixeira
pelo espírito
Gustavo Henrique.


Jesus disse que Deus não era o “Senhor dos Exércitos” do Antigo Testamento, mas um Pai Amoroso, e foi, por isso, perseguido, torturado e crucificado.

São Francisco de Assis afirmou que a Igreja era faustosa e corrupta, e, paupérrimo, sofreu os mesmos estigmas do Cristo, na própria carne.

Madre Teresa de Calcutá padeceu acusação de compactuar com mafiosos e chegou a ser apupada de pervertida, por lhes receber doações, para sua ingente obra de caridade.

Chico Xavier, com maneiras delicadas de elevadíssima alma feminina, recebeu a alcunha de degenerado; tanto quanto, pela condição mediúnica, foi tido como louco e endemoniado.

Cada época e cultura têm seus tabus e preconceitos mais renitentes, produzindo mártires, por conta de condutas e motivos diferenciados. Diante desta perspectiva histórica inexorável, pela evolução irrefreável das idéias e pelo progresso insopitável dos costumes humanos, cabem as instigantes indagações: O que hoje é considerado como degradado ou torpe, mas, no futuro, será aplaudido? Quem é caluniado como depravado, e que apenas representa a moral de uma era porvindoura?

Medite sobre isso, e ore por aqueles que não lhe compreendem os intentos, a nobreza, a circunspecção no ideal e o esforço de ser útil. A sina deles já é amarga hoje e ficará ainda mais ácida, à medida que os anos se passarem. Apiede-se deles, porque quem luta contra a Luz traz as trevas para o próprio caminho, principalmente quando se veste com a hipocrisia farisaica, cheia de dignidade ferida, fúria difamadora e a certeza de estar certa, na presunção moralista dos reacionários fanáticos.

Que os anjos compadeçam-se dessas pobres almas: o pesadelo que vivem no momento constitui, tão-somente, a antecâmara do inferno em que se introduzirão, em tempo breve.

(Texto recebido em 17 de julho de 2007. Revisão de Delano Mothé.)