Benjamin Teixeira
pelo espírito Anacleto.
Na parcela de responsabilidade que a Divina Providência lhe confiou, aja – a palavra já revela – com responsabilidade, e não com piedade que, sem responsabilidade, reduz-se a pieguismo e permissividade.
A verdadeira caridade se expressa em moldes de consciência, justiça e decoro. Quem não age de modo que mereça a confiança alheia, com reservas deve ser tratado. Se, na sua vida pessoal, você optar por acomodar tal pessoa e acatar seus abusos e licenciosidades, a escolha é sua. Mas no que não é seu, não pode.
Eles acham que você lhes deve algum favor, porque você lhes concedeu a graça de trabalhar a seu lado, com direitos que tem de definir quem deve ou não ter honra de participar do serviço como seus auxiliares? Pouco importa: substitua-os, sempre se fizer necessário.
Eles acham que o trabalho não anda sem eles? Pouco importa: funcionarão como refugo de uma poda bem feita. A árvore da obra, feito isso, surgirá frondosa e produtiva, conectada aos fluxos divinos, enquanto eles, galhos ressequidos, estarão entregues à sorte do vento…
Não tenha pena: seja consciencioso e reto, na parcela de administração da tarefa divina que lhe foi designada. Você não pode conceder favores no que não lhe pertence. Então, se alguém se aborrece, porque você não está preocupado em agradar e manipular o patrimônio que foi entregue, ao alvedrio dos caprichos de quem passa, problema da pessoa. Você não lhe deve satisfações e sim à sua consciência e a Deus.
Mal a poda foi feita, e você já percebe, pujantes, os sinais da nova safra que está por vir, muito mais prolífera. Não tema, jamais, amigo, porque, em última, como em primeira análises, você está a serviço da Divina Luz, na sua humana reencarnação, de modo que, cônscio dessa função, só lhe resta asserenar-se, no reto cumprimento do dever e deixar o resto por conta do Criador.
(Texto recebido em 6 de janeiro de 2003.)