Demonizar o(a) outro(a) e colocar-se como vítima é a rota perfeita do desvio, bloqueando o aprendizado sobre os próprios erros (que favoreceram a vicissitude sofrida) e programando uma linha de eventos ainda mais infeliz que a tida como causadora de infortúnio.
Por outro lado, ser rejeitado(a) ou preterido(a), no universo afetivo, constitui uma experiência normal da condição humana, e não uma tragédia. Dramatizar a situação só problematiza o que pode ser mais fácil e suavemente solucionado.
Não se deixe seduzir por mimos e caprichos infantis do ego ferido. Esse é o “canto da sereia” que não merece confiança – a voz da “anima” traiçoeira dentro da mente masculina, que tende a condenar as mulheres do mundo exterior. As companheiras afetivo-conjugais são atraídas (ou repelidas) de conformidade com as necessidades evolutivas de cada homem. E esse raciocínio se aplica a qualquer indivíduo, incluindo homens gays e mulheres héteros ou homossexuais: o princípio da sizígia subdesenvolvida, projetada na pessoa com quem se estabelece um relacionamento romântico-sexual, é problemática universal, a fomentar crises existenciais ingentes.
Dessarte – reforçando –, numa situação de ruptura afetiva, como em toda crise existencial, a atitude de render-se ao complexo de vítima só traz mais infelicidade: não traduz a realidade, não é prática, não resolve nada… e ainda gera mais problemas.
Ore pela ajuda do Alto, mas também trabalhe por fazer boas escolhas de interpretação de suas circunstâncias de aprendizado, porque seu livre-arbítrio é inviolável, nesse universo de Deus, e pode impermeabilizá-lo(a), por tempo indeterminado, ao Socorro Celeste, caso você se decida por um foco equivocado, egocêntrico e primário de enxergar o que lhe acontece, interna e externamente.
Benjamin Teixeira de Aguiar e Amigos Espirituais.
(Redigido em 26/06/2014.)