Benjamin Teixeira, pelos espíritos
Irmã Brígida e Gustavo Henrique.
Houve uma lição implicada na falta de energia elétrica, que gostaríamos de explicitar, neste momento de reflexão e aprendizado: a de que, ao haver o blecaute ou outras perdas de fonte de força – como as de ordem emocional ou espiritual –, devemos provocar um movimento, no sentido de recuperá-las, sem transferir tal responsabilidade vital a terceiros. Esta a nossa recomendação fraterna acerca do tema, que foi foco de debates de dois dos irmãos que nos ouvem, no transcurso da última madrugada (*2).
Gustavo Henrique.
Preparem-se para fazer registros e mobilizar providências de ação, após esta microjornada de fé, da alma, do espírito. Muitas idéias ser-lhes-ão lançadas às cabeças, qual a semente de carvalho a que Jesus se referiu, em Seu Evangelho, precisando encontrar a terra fértil de seus corações e mentes receptiva, bem como seus egos ativos e executivos (*3), diante das ordens expedidas por seu Centro Superior de Personalidade.
Irmã Brígida.
Meus cumprimentos pela excepcional demonstração de paciência, com a genitora, hoje, particularmente ranzinza, nesta manhã de agosto, mês, conforme se costuma dizer, “do desgosto”, que poderia, todavia, ser considerado como o período do “a gosto” – ou seja: para se expressarem predileções e vocações idiossincráticas. A ótica do humor da pessoa, tanto quanto a perspectiva de otimismo e esperança, ou, de reversa maneira, o prisma da ausência destes valores, é que conferem a cor mental do quadro vivido neste período do ano.
Gustavo Henrique.
Endossamos, tão-só, neste breve memorando intermundos, a postura conciliatória e guerreira, concomitantemente, no trato com a mãezinha, em casa, visto que, hoje, não foi só paciente – como lhe normalmente aprovamos a conduta –, mas, indo além, se mostrou disposta ao diálogo e até ensaiou alguns esboços de esclarecimento, o que, embora não lhe fosse obrigatório (pois que não precisa se justificar a ela), denotou, indubitavelmente, abordagem caridosa e cristã, madura e conscienciosa, sinalizando uma vitória progressiva na resolução de seus conflitos com a genitora, como também com a Figura do Feminino, dentro e fora de si própria.
Gustavo Henrique.
(Texto coligido em 26 de agosto de 2008. Revisão de Delano Mothé.)
(*1) Entre 18 e 22 de agosto, estive, com dileto grupo de amigos, isolado em casa de amiga, na Praia do Saco, em período de repouso sugerido por médicos das duas dimensões de Vida. Ao final de cada Culto do Evangelho das 14h, dispunha-me a abrir a receptividade mediúnica aos alvitres e recados dos Amigos Orientadores, domiciliados no Mundo Maior. Um pequeno extrato de idéias, com caráter mais coletivo (houve também mensagens de ordem pessoal), encontra-se aqui coligido.
(*2) Confabulara, com uma das amigas que estavam comigo, no período de miniférias, sobre o assunto da busca de “energia emocional”, que nos motivasse mais a viver. Na manhã seguinte, houve um blecaute, próximo às 8h, que supusemos rapidamente viesse a ser solucionado. Como tinha virado a noite, resolvi me recolher, para dormir, chegando a pensar: “Poderíamos telefonar para a companhia de distribuição de força, para notificá-la da suspensão de fluxo elétrico”. Imediatamente, porém, solapei a idéia, rebatendo-a com outro pensamento: “Que bobagem!… Um monte de gente da região já deve estar fazendo isso…” Três horas mais tarde, acordei, e percebi que a eletricidade não havia sido reativada. Foi quando, então, sugeri mobilizarmos providências, a verificar o motivo da ruptura de energia. Descobrimos que a interrupção da corrente elétrica acontecera apenas na conexão entre a casa em que estávamos hospedados e os fios de transmissão da via pública. Com isso, infere-se, facilmente, que ninguém que não estivesse no confortável casarão poderia tomar a iniciativa, que cabia a nós. Uma grande lição da Espiritualidade, sem dúvida.
(*3) Não se deve eliminar o ego, mas sim pô-lo a serviço do Eu Superior – nunca será demais repetir o importantíssimo conceito.
(Notas do Médium)