De cátedra, podemos afirmar o que se segue, porque não pertencemos ao movimento espírita nem nos dizemos espíritas, desde dezembro de 2008, após havermos integrado suas fileiras por duas décadas. Hoje, denominamo-nos “tão só” cristãos(ãs), com plena convicção no realismo dos fenômenos relacionados ao Mundo Espiritual, a exemplo do intercâmbio psíquico entre dimensões de existência e do processo evolutivo que se desdobra por meio de sucessivas reencarnações.
A assertiva que aqui viemos fazer é de que deve haver, por parte de todas as correntes cristãs, grande respeito à doutrina espírita, que constituiu a primeira iniciativa sistematizada de aplicação de uma abordagem científica na análise dos eventos paranormais, mediúnicos e místicos.
E se à codificação seminal de Allan Kardec, no século XIX, adicionarmos as contribuições singulares do gênio mediúnico (que também era, notoriamente, uma alma santa) Chico Xavier, no transcurso de quase todo o século XX, somos de convir que devemos apreciar a obra espírita clássica e ser gratos(as) por seu significativo legado aos estudos do mediunismo, num contexto cristão.
As concepções do kardecismo, quanto de outras perspectivas ou disciplinas científicas, quais a parapsicologia, a antropologia, a psicologia transpessoal, as pesquisas no campo da reencarnação e das experiências de quase morte (EQMs), são indispensáveis, nessa era de base racional, e devem lastrear todas as postulações de ideias ou paradigmas de leitura da condição humana, para que logremos uma relação saudável entre nossas convicções e o contexto cultural em que nos inserimos, sobremaneira no que concerne ao domínio fundamental da realidade, que aqui enfeixamos no binômio Espiritualidade-Divindade.
Benjamin Teixeira de Aguiar (médium)
e Amigos(as) Espirituais
Bethel, CT, região metropolitana de Nova York, EUA
23 de março de 2021