por Benjamin Teixeira.
A sábia e bondosa mestra desencarnada Eugênia disse-me, certa vez, que é melhor tratar, com extrema dignidade, quem não mereça, do que destratar quem tenha valor. O Apóstolo Paulo asseverou: “Não vos esqueçais da hospitalidade, pela qual alguns, sem o saberem, hospedaram anjos” (Hebreus, 13:2). Jesus, o Mestre dos mestres, foi mais claro e categórico ainda, a respeito de como podemos nos enganar no julgamento das pessoas: “Em verdade, vos digo: os publicanos e as meretrizes entrarão no Reino dos Céus antes de vós” (Mateus, 21:31).
Cada geração tem seus preconceitos, e cada época tem seus mártires. Allan Kardec foi perseguido por seus coevos; Chico Xavier, caluniado por líderes espíritas de seu tempo; e o próprio Cristo, sentenciado à morte, entre ladrões. Kardec e os espíritos superiores, porém, deram-nos a resposta para isso: evolução. Sempre haveria reformulações nos meios espíritas, como em toda cultura humana, e o Espiritismo estaria permanentemente em processo progressivo de incorporação de novos conceitos, valores, e, principalmente, de meios que viabilizem a prática do bem.
Há um preconceito, todavia, incompreensível, porque seu objeto poderia ser a própria pessoa de Jesus, passando pelo codificador do Espiritismo, chegando aos dias de hoje: a questão da profissionalização do trabalho espírita. Houve um outro ofício digníssimo, em passado não tão remoto – assumido, à época, apenas por diletantes ilustres, que lhe dedicavam seu tempo livre, fosse de lazer ou repouso –, que não lograva o êxito das grandes transformações sociais, justamente porque não se podia viabilizar uma revolução à base do voluntariado de alguns poucos idealistas esgotados e empobrecidos, repletos de problemas pessoais, mormente os de sobrevivência: o magistério.
Legiões de ignorantes varriam a Europa, deixando-a entregue à barbárie, até que surgiu a profissão de professor, em meados do século XVII. E o magistério digno redimiu a humanidade, com o conhecimento que nos afastou da selvageria e da decadência, em todos os sentidos, inclusive o moral. Eis por que, logo em seguida à disseminação das escolas, eclodiram a revolução científica, a industrial e, com isso, o progresso não só das benesses materiais, como das liberdades civis e do espírito de humanitarismo, por todos os povos cultos da Terra.
Se considerarmos, então, meramente, as tradições espíritas e cristãs, a inconsistência do argumento de quem defende a “gratuidade” torna-se gritante.
Kardec sobrevivia da venda da Revista Espírita, conforme ele mesmo deixou registrado, por escrito.
Chico manteve obras sociais inúmeras, com a venda do livro espírita.
Jesus dedicou, durante sua pregação pública, todo o seu tempo à divulgação do Evangelho e à realização de curas, entre outros fenômenos mediúnicos e espirituais, e se alimentava do que Lhe era concedido pelos que O ouviam, como registrado nos Evangelhos.
Nós vendemos parte do conteúdo do site para que, destarte, um número infinitamente maior de pessoas, através da transmissão em rede nacional de TV, possa ter a salvadora mensagem espírita de graça, em seus lares.
O “dar de graça o que de graça recebemos” é mais amplo e profundo. Alguém que oferece algo gratuitamente, em termos financeiros, pode estar esperando obter admiração das pessoas, o que seria uma forma de venda, pela vaidade, que denotaria ainda, por sinal, um traço de falta de caráter, pelo desejo de apresentar um ar de gratuidade que não existe, verdadeiramente. Um profissional honesto (como os há em todas as áreas), por outro lado, pode subsistir de sua atividade, prestando um serviço com verdadeiro estado de espírito solidário. Quem deu, aliás, condições de saúde para o profissional trabalhar? E, se a saúde e a oportunidade de trabalho foram ofertadas de graça por Deus àquele que cobra por seus serviços, exercendo sua profissão, qualquer que seja, não seria correto, assim, que todos os profissionais trabalhassem sem qualquer retribuição de ordem monetária?
Não só a inteligência ou a memória são conquistas evolutivas do espírito: a mediunidade também o é. Se os espíritos de escol desejam produzir o bem comum em maior quantidade, levando, como fazemos, a mensagem a milhões, pela televisão, gratuitamente, e pedem que parte do que produzem em parceria conosco seja vendido, quem os vai julgar? Os preconceitos e convenções deste mundo? Lembremos das hipocrisias farisaicas, que foram condenadas por Jesus, enquanto Ele mesmo, como dissemos, viveu, durante todo Seu ministério, à custa do que Lhe davam de comer. “A letra mata, o espírito vivifica.”
Tomaremos grandes surpresas ao chegarmos do Outro Lado da Vida. Segundo a advertência de Nosso Senhor, muitas prostitutas entrariam no Reino dos Céus antes de alguns de Seus mais chegados discípulos…
É lamentável criticar-se o que não se entende, principalmente se não se faz um bem maior do que aquele realizado por quem é criticado. Satanás, em aramaico, significa: “aquele que acusa”.
Enquanto verdadeiras quadrilhas se constituem com o fim de espoliar massas de ignorantes, com o dízimo escorchante, os espíritas se mantêm em extremo oposto, orgulhosamente ciosos de um preconceito aviltante, de que deverão dar contas, pelo muito que se deixa de fazer por conta dele.
Cada época tem seus preconceitos.
Há um século, representantes do gênero feminino não votavam nem nas mais avançadas nações do mundo.
Há um século e meio, negros estavam sob grilhões no Brasil e nos EUA.
Há pouco tempo, mulheres decentes eram apenas as que se mantinham virgens antes do casamento. Homens honestos eram tão-somente os varões convencionais. Gays eram criminosos, antes do Código Napoleônico; tornaram-se “pervertidos” – ou seja: “doentes mentais” –, com Freud; e atualmente são considerados, pela Ciência, perfeitamente normais.
O que, nas próximas gerações, será combatido como bárbaro preconceito?…
No meio espírita, Chico foi acusado de mistificador por receber muitos livros, em série; Yvonne Pereira, de obsediada, pela própria FEESE, ao revelar que a comunicação com os espíritos, no futuro, dar-se-ia por aparelhos eletrônicos (a tão conhecida, hoje, tecnologia de TCI); e Kardec, dado por excomungado, formalmente, pela alta cúpula da Igreja católica…
Perguntamos novamente: O que se terá como preconceito castrador de nossos dias, dentro de mais cinqüenta ou cem anos?… Quem vai querer prestar contas, ante o Plano Sublime, de haver perseguido a obra dos verdadeiros missionários – sempre incompreendidos e atacados em seu tempo, por defenderem valores do porvir, portando, exatamente por isso, o poder de fomentar a evolução das comunidades humanas?
O Mestre nos deu uma fórmula inequívoca para distinguirmos o que emana do Bem do que provém do mal: “Pelos seus frutos, os conhecereis. Uma árvore má não dá bons frutos. Uma árvore boa não dá maus frutos.”
Do lado de quem, acredita você, está a proteção das Potestades do Plano Superior? O que acha que Eles pensam de sua atitude de atacar, em vez de realizar mais e melhor? O que, em termos de carma, julga estar atraindo em sua própria direção, por, além de não contribuir, tentar descoroçoar o ânimo daqueles que fazem o bem a legiões gigantes de pessoas? Em suma: você acredita mesmo em lei do carma? Você pensa que pode se esconder do olhar de seus guias espirituais e dos que regem os destinos da coletividade? Deveria temer os efeitos da lei de causa e efeito: ela é implacável e muito rápida em sua ação, com quem se põe contra os que estendem o bem à multidão…
Muita lucidez, paz e felicidade.
Convite:
VIDAS PASSADAS, AMORES ANTIGOS, MUDANÇA de SEXO ao REENCARNAR, etc.
Queridos Amigos: aproveitando o ensejo de haver concedido entrevista, na terça-feira passada, a Amaury Jr., da Rede TV, em São Paulo, sobre o tema “Vidas Passadas”, abordaremos a temática, em nossa reunião pública de domingo. Grandes amores de outras encarnações, mudança de sexo de uma existência para outra, revolução completa de vida, dentro de uma mesma reencarnação. Ilustrações cinematográficas curiosíssimas. Antes da palestra, há a oferta de passes aos que comparecem ao evento (para isso, deve-se chegar, para a preleção, com antecedência mínima de 20min). Depois, acontecem, normalmente, comunicações dos bons espíritos, por meio de minhas limitadas faculdades mediúnicas, em torno do tema abordado na noite. Neste domingo, 25 de maio, às 19h30, no Mega Espaço, Rua Nossa Senhora das Dores, 588. Mais informações (inclusive valor do ingresso), pelo telefone: 3041-4405. Até lá!
Benjamin Teixeira e Equipe de Divulgação do Instituto Salto Quântico.