Modificações profundas da alma não se dão rapidamente. Ao forçar a aceleração de processos psicológicos – que têm seu tempo próprio de maturação –, a pessoa quebra o ciclo de incubação que lhes subjaz e gera uma inversão dos resultados, afastando-se da desejável superação do problema ou limitação que intenta resolver em si.
Por exemplo, pensemos na questão da baixa autoestima. Se o indivíduo não elabora, calma e cuidadosamente, o crescimento psicoespiritual, nesse tão relevante item de evolução, inverte a face exposta do nível de consciência em que se encontra – ou seja: torna-se arrogante, em vez de autoconfiante, já que a matriz emocional-moral da baixa autoestima tem como lado oculto a soberba interna e inconscientemente frágil.
Noutras palavras: quem é ou se torna arrogante não tem acesso a quão frágil se sente e de fato é. Diferentemente de quem porta sólida autoestima, que dispensa a máscara de imponência com que os(as) arrogantes, por defesa egoica automática, ocultam, do mundo e de si mesmos(as), o sentimento de desvalor pessoal.
Eugênia-Aspásia (Espírito)
Benjamin Teixeira de Aguiar (médium)
Recife, 7 de setembro de 2017