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(Estudando Emmanuel e Jesus – 03.)

Benjamin Teixeira
pelo
Espírito Irmão Lucas.

Gravitas, é bem verdade, com o coração coberto de chagas. Sangras para poderes ofertar, a teus entes queridos e a muitos estranhos, a quem apenas serves, o melhor de ti mesmo. Vertes sangue do próprio peito, para que outros possam passar pela vida com um pouco menos de dores e carências.

Vês, na mídia, a propalação da felicidade de uma forma distorcida, focada em bens materiais, nas loucuras do sexo pelo sexo, no prestígio, na fama e no poder, sem propósitos nobres de serviço ao bem comum. Sabes qual é a felicidade que Deus pede às Suas criaturas, a única que lhes poderia solicitar – a verdadeira, a que está assentada no sentimento de dever cumprido (porque, de fato, cumprido), na paz de consciência, por se estar sempre ofertando o que esteja ao próprio alcance, na dedicação ao bem comum.

Contempla comigo este trecho do pensamento emmanuelino, e meditemos acuradamente:

“Vemos cônjuges que transfiguram conforto em pletora de luxo e dinheiro, desfazendo o matrimônio em facilidades loucas, como se afoga uma planta por excesso de adubo…” (*1)

O ínclito Mentor fazia referência ao universo conjugal, mas distendamos o princípio para todas as áreas da Vida. O excesso corrompe, a saciedade degenera, a irrigação exagerada encharca e inunda, o adubo em demasia intoxica e mata. Em todos os sentidos, procuremos utilizar os favores da vida – sejam posses, sexo, dinheiro, posição social ou política – a favor de nossos ideais de amor, solidariedade, serviço fraterno, autoconhecimento contínuo e amadurecimento pessoal, e estaremos a serviço de nossa própria felicidade. Mas se nos esquecermos de que os talentos da vida é que existem para nós, e não nós para eles, a perversão do princípio nos conduzirá ao desespero, à decadência moral e à falência completa de nossos sonhos de vida, nossos projetos pessoais de ventura, paz e realização do bem (incluindo, neste sinistro degringolar de destinos, amiúde e tragicamente, nossos próprios entes queridos), arrastando-nos rapidamente à morte moral em plena vida física e ao suicídio indireto, pelos desgovernos mais variados a que estaremos largamente nos entregando.

Por fim, vejamos esta outra fala do ilustre Mestre espiritual, que nos encerre as reflexões do dia, com chave de ouro:

“Imaginemos a flor que, superestimando a própria beleza, resolvesse desligar-se da fronde, para produzir o fruto, sozinha. Certamente, seria do agrado para os olhos de alguém, por algumas horas, mas acabaria murchando decepcionada, porquanto, para alcançar as finalidades do seu destino, deve ser fiel ao tronco que a sustenta.” (*2)

Como é comum nos esquecermos de que fazemos parte de uma grande teia de interdependência. Sobremaneira, como é difícil ao ego humano admitir que existem Seres Superiores a ele mesmo, que lhe sustentam a existência e a razão de ser. O ego, com seus desatinados mecanismos de racionalização, peleja, sistemática e inteligentemente (embora com argumentos falaciosos e rasteiros), por nos convencer de que somos tudo, e de que tudo devemos retirar do mundo em nosso benefício pessoal e direto. No entanto, somente quando compreendemos que não passamos de mero nó, em gigante tapeçaria de significados cósmicos, podemos, legitimamente, dar início a uma contribuição substancial ao bem comum, não importando a dimensão de nossa influência ou a posição social que ocupemos, porque a qualidade da obra e, principalmente, as intenções do obreiro é que caracterizam a origem e os efeitos da Inspiração que, sendo Superior, tudo rege, supervisiona e inspira, para que o melhor aconteça com todos os envolvidos, a começar, obviamente, pelo trabalhador do bem que se Lhe oferece, devotadamente, como Canal ou Instrumento. Este padrão de consciência, em se fazendo estilo ou filosofia de vida, então, poderá introduzir o indivíduo numa trajetória de genuína (porque duradoura e bem fundamentada) felicidade.

(Texto recebido em 23 de março de 2010.)

(*1) (*2) Trechos respectivamente extraídos dos capítulos 51 e 49 do livro: “Encontro Marcado”, Emmanuel/Chico Xavier.

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