A Mulher-Sol apareceu deslumbrante, em Sua Majestade Maternal, diante de nossa seleta audiência, e nos disse, em tom mais grave e triste, exalando indefinível melancolia no Olhar:
Desejo esclarecer ao ser humano da atualidade duas antigas recomendações, que reiterei por mais de um(a) intermediário(a) no correr dos séculos: a oração diária do rosário e a prática de penitências sistemáticas.
A oração diária do rosário implicava as tão necessárias, em termos individuais e coletivos, meditação e mentalização em torno da Imagem da Feminilidade Divina, como já enunciei as razões de ser, em minha última visita.
Quanto à sugestão a mim atribuída: “Fazei penitência pela conversão dos(as) pecadores(as)”, conforme propalado por outros(as) médiuns que, pobrezinhos(as), não desfrutavam de condições para me compreender corretamente, por limitações intelectuais ou preconceitos da época em que viviam, houve uma corrupção profunda e séria do sentido, e não apenas uma supressão de significado.
O que eu pretendia dizer era: “Trabalhem pela transmutação, ampliação e melhoria do patamar de consciência em que se encontram, pela disciplina da realização do bem, incluindo a indispensável contraparte interna dos bons sentimentos, de maneira que possam gerar um efeito, em cascata, de influência transformadora, seja pela energia psíquica ou pela força do exemplo, sobre seres em estágios mais sofríveis de evolução – efeito esse que será tão maior quanto mais corações me atenderem à conclamação”.
Por favor, divulguem esta mensagem ao maior número possível de pessoas, da forma mais persuasiva que lhes esteja ao alcance, porquanto padeço, século sobre século, com os sofrimentos desnecessários e contraproducentes autoinfligidos, em meu nome, por devotos(as) da Face Maternal de Deus, que represento para a Terra.
Jamais proporia o culto à dor, justamente eu, que solicitei a Jesus providenciasse mais vinho a convivas já ébrios(as), em uma celebração de casamento.1 Tampouco o faria o Cristo Verbo da Verdade, que endossou o profeta Oseias, citando-o: “Misericórdia quero, e não sacrifício”2.
O Plano do Bem quer a felicidade de todas as criaturas, e não sua mortificação. Recordem-se, outrossim, do que asseverou o Messias: “Eu vim para que todos(as) tenham vida, e vida em abundância”3.
Meus(minhas) amados(as) filhos(as), vivam a felicidade, do único modo que há, para ser consistente, profunda e definitiva: com lastro na paz de consciência, proporcionada pelo reto cumprimento dos deveres cristãos de solidariedade constante, em todos os âmbitos existenciais.
Benjamin Teixeira de Aguiar (médium)
Eugênia-Aspásia (Espírito)
em Nome de Maria Cristo
6 de outubro de 2013
1. João 2:1-11.
2. Mateus 9:13 e Oseias 6:6.
3. João 10:10.