Benjamin Teixeira
pelo espírito
Eugênia.

Você se sente sujo, com a experiência negativa em que se permitiu incorrer. Reprova-se em seu mundo interior, considera-se um pária moral. Tem-se em baixa conta e se suplicia em mil condenações silenciosas.

Não se entristeça, assim, porém. A queda deve propiciar-lhe a visão de humildade, o sentimento de busca do progresso, o estímulo à persistência no trabalho de auto-reforma, e não o contrário, como lhe ocorre. Altere, então, imediatamente, o padrão, e olhe para cima.

Quem lhe disse que você não é digno? Por mais que tenha caído, sabe que Deus permitiu lhe acontecesse isso? Ou seja, a sua queda ainda pode ser revertida em benefício para você mesmo e para os que se beneficiarem do seu progresso.

Quem lhe disse que você não é bom? Se não fosse, não estaria sequer reconhecendo o seu equívoco.

Quem lhe disse que não pode se soerguer da lama? Não fosse isso possível, e não estaria, nesse momento, buscando-nos em prece.

Relaxe, e permita-se aceitar-se na condição de criatura falível, mesmo na área e do modo que menos lhe agrade. Trata-se de uma provação, um teste, uma experiência necessária a sua evolução. Tudo isso, todavia, deixará um saldo positivo ao final. É só você ficar atento, aberto e seguir: vai dar tudo certo.

(Texto recebido em 3 de junho de 2000. Revisão de Delano Mothé.)