Benjamin Teixeira
pelo espírito Eustáquio.
Contempla o firmamento de tuas alternativas infinitas de escolha, alcatifado de estrelas de possibilidades inefáveis de realização e de crescimento, e fixa, destarte, na retina d’alma, os ideais do espírito, ajoujando recursos e talentos em função e na direção do fanal que te inspira.
Por mais desesperadora seja uma situação, vê que tudo passa, e logo novas virações da esperança chegarão, renovando a atmosfera das ocorrências angustiosas do dia atro que passa.
Foca, sobremaneira, a plaga das lições a serem assimiladas, a fim de que aplaines o turbilhão da situação, à base de acurada reflexão, sorvendo as sugestões da vida, no capítulo da melhoria íntima.
Amiúde, crises existenciais se desfazem, como brumas ao vento, dissipando-se quase instantaneamente, quando a mensagem educativa que a Vida pretende enviar ao discípulo da evolução foi-lhe inteiramente incorporada ao espírito. Envida esforços, assim, em argüir, honestamente, da própria consciência, quais motivos justificariam os sucedidos nefastos do instante, e, tomando providências eficazes e enérgicas no sentido de corrigir teu mundo interior, poderás notar mudança correspondente no mundo externo, automaticamente. Nada acontece fora, na vida de alguém, que não seja necessário dentro, no campo do coração.
Munido destas informações, ora com mais fervor e medita com mais profundidade, pelejando por alcançar o campo etiológico primordial de teu momento ruim, verificando o que pode ser emendado em ti mesmo, antes de procures causas ou agentes externos da tua atual problemática existencial.
A vida é extremamente complexa na tecidura de acontecimentos, interconectados em intrincadíssima teia de eventos, que se interinfluenciam, reciprocamente. É lógico, assim considerando, que há inúmeras causas envolvidas em cada fenômeno da existência. Entretanto, como tudo se encadeia, conforme uma malha subliminar de significados que tudo conecta de acordo com propósitos definidos para cada parte envolvida na fenomenologia da vida, eis que temos, então, a oportunidade de perquirir, sinceramente, de nós próprios: “O que a vida me quer ensinar com isto?”
O que, prezado amigo, a vida te quer ensinar, com a presente situação problemática de tua existência? Visto, compreendido e absorvido o que deve ser aprendido, em profundidade, fica certo: tudo se transfundirá, em teus caminhos, para melhor, muito melhor, quiçá bem antes do que imaginas possível…
(Texto recebido em 13 de março de 2005.)