(Centuplicando as chances de ser feliz.)
Benjamin Teixeira
pelo espírito Eugênia.
Não se faça simbiótico, com quem quer que seja, por mais confie na pessoa em foco. Simbiose é dependência, conexão viciosa, perda da própria identidade, com expressivo prejuízo seu, do outro e da relação.
Busque a sinergia. Sinergia, nos relacionamentos humanos, é a interdependência que gera criatividade, talentos maiores que a soma dos atributos das partes, dinamismo e motivação para produzir em maior quantidade e qualidade.
Se valorizar muito uma relação, mais motivo tem para se manter afastado da tentação de permitir surja o “grude psíquico”, a “cola emocional” da simbiose, porque ela degenera as melhores vinculações afetivas. Com o paradigma da sinergia, de reversa maneira, há liberdade de ação, pensamento e sentimento, para cada parte envolvida, só que, pela legítima comunhão de ideais e valores, quanto mais se libertam reciprocamente seus partícipes, mais se integram, porque não asfixiam mutuamente a necessidade de espaço pessoal, nem deixam de se buscar e se fundir, pelas afinidades que, naturalmente, propelem uma para a outra.
União é sinergia. Submissão é simbiose.
Amor é sinergia. Paixão é simbiose.
Sinergia gera poder. Simbiose enfraquece.
Sinergia é o sistema de ação e administração dos grupos eficazes. Simbiose é o padrão de funcionamento dos agrupamentos doentios e ineficientes.
Simbiose é a experiência relacional pré-egóica, dos que sequer sabem quem são, o que querem, nem quais os próprios propósitos existenciais e princípios intelecto-morais. As tribos dos silvícolas dela se tecem. Sinergia é a vivência interpessoal dos sábios, pois que se fundem, voluntária e conscientemente, em função de um objetivo comum, não só preservando o sentido de identidade de cada indivíduo, como estabelecendo o perfil psicológico da individualidade coletiva, gerada pela profunda integração psicoespiritual dos componentes do grupo.
Simbiose é signo de primitivismo. Sinergia, índice de transcendência.
Fanatismo é simbiose. Iluminação é sinergia.
A criança é simbiótica com a mãe. O anjo, sinérgico com Deus.
Observe-se, vigie-se, gerencie-se, para que, em troca da obtenção de plenitude, não se deixe enredar na teia escravizante de situações viciosas e malevolentes – no trabalho, na vida familiar ou na experiência religiosa –, que o sufoquem e destruam suas possibilidades de ser feliz.
Em todos os âmbitos de sua existência, invista na integração, na harmonia, na profundidade, na superação dos contrários, na sublimação do ser, no desenvolvimento da própria personalidade. Em suma, seja sinérgico: consigo mesmo (em nível profundo – com o inconsciente); com o próximo, no tecido das relações interpessoais; com Deus, por meio de genuína prática de espiritualidade, aos moldes da predileção ideológica que o caracterize. Ou, em outras palavras, respectivamente: viva o equilíbrio interior, a paz no convívio social e a devoção sincera e ativa ao Criador. Agindo assim, suas chances de ser feliz e realizado centuplicarão!
(Texto psicografado em 4 de outubro de 2007. Revisão de Delano Mothé.)