Benjamin Teixeira, pelos Espíritos
Gustavo Henrique e Eugênia.
[Carl Gustav Jung, autor da obra basilar no tema, que inclusive cunhou a palavra que define o conceito, título deste livro fundamental sobre o assunto: “Sincronicity” (Sincronicidade), publicado em 1952, quando o célebre psiquiatra, psicanalista e psicólogo, profundo conhecedor de mitologia, contava 77 anos de idade.]
Lao Tsé chamou de TAO, o Caminho inominado e indefinível, por tão profundo, complexo e abstrato, para além de toda capacidade humana de entendimento. Nós poderíamos denominar de Fluxo – a Manifestação de Deus em Nossas Vidas, como perceptível aos nossos sentidos e poder de cognição. Carl Gustav Jung, o grande psiquiatra suíço, preferiu ater-se a um aspecto da expressão operacional do Divino, conforme captável pelo sensório físico e pelo sistema de processamento de informações do cérebro humano: os encadeamentos de significado em eventos sincrônicos, sem relação causal entre si, que ele nominou, tão-só: sincronicidade.
Um dos tópicos que mais chamam a atenção do vulgo, no capítulo dos temas Espirituais, despertando curiosidade vã, quão reflexões justas, confundido (até mesmo por Jung) com eventos psíquicos que melhor seriam compreendidos como pertencentes a outra categoria fenomenológica (em parte compreensíveis, inclusive, pela aplicação do princípio de causa e efeito, perfeitamente enquadrável na perspectiva espaço-temporal humana), a sincronicidade funciona, amiúde, qual um indicativo do quanto uma pessoa pode estar em sintonia com o padrão de necessidades evolutivas e espirituais que lhe são próprias, bem como com os Desígnios Divinos a seu respeito.
Ousando ser sumários no que jamais nos deveria receber tal ordem de abordagem, com o intuito de atingir determinada extensão de público que muito nos interessa servir (pois que os próprios experimentadores, com o tempo, tocarão o Infinito, Que, por Sua Vez, os enxertará com Seus Valores Eternos, a fim de que cheguem às ilações que aqui poderíamos apresentar previamente, mas que, ironicamente, não surtiriam efeito algum, pela falta de maturidade de expressivo percentual de nossos leitores), segue-se a sinopse tão almejada, para que atraiamos e potencializemos as ocorrências de sincronicidade, decodificando-as com maior cuidado, profundidade, qualidade e precisão – se é que podemos nos atrever, outrossim, a conjecturar objetividade, no campo de especulações de assunto tão difuso à ótica de mensuração do ser humano.
[Pintura da Dinastia Qing onde Confúcio apresenta a Lao Zi o jovem Buda Gautama. (Wikipedia)]
Eis, então, alguns tópicos-dicas-práticas, para favorecer maior aprofundamento das vivências de comunhão com o Fluxo de Sincronicidades (autores encarnados tangenciam tais tópicos – de forma diversa e difusa, todavia – que aqui ousamos sintetizar):
1) Preservar práticas DIÁRIAS de oração e meditação, por pelo menos meia hora. A experiência de “estar em Fluxo” é, basicamente, o estar em alinhamento com padrões de sabedoria e condução inteligente de eventos que jazem em nível de consciência muito superior ao humano.
A meditação e/ou a prece favorecem a dinamização e a permeabilização da psique para a captação dos conteúdos provenientes dessas “esferas mentais superiores”, bem como a consolidação desses elos de sintonia e dos resultados positivos obtidos.
2) Manter contato com um grupo de atividade espiritual, de qualquer denominação religiosa ou ainda que de caráter laico, para a partilha da experiência acumulada na área e, principalmente, para a realização, em conjunto, de cultos de natureza espiritual.
Os grupos de afinidade conformam constructos psíquicos espectrais – se é que assim podemos dizer – ou, em outras palavras: “mentes coletivas”, as “egrégoras” dos esotéricos, que funcionam como alavancas espirituais para o alinhamento com o Alto.
Não por acaso, Jesus e todos os grandes luminares da humanidade sugeriam práticas “religiosas” em comum. Em Mateus, 18:20, asseverou o Cristo: “Onde duas ou mais pessoas estiverem juntas, em Meu Nome, Eu Me farei presente, no meio delas.”
3) Manter um diário que registre cada uma das experiências (ou ao menos as consideradas mais marcantes) – seja eletrônico ou convencional –, para que não só se tenha um mapeamento do ocorrido, no campo em que se deseja aprofundar domínio, mas também se possam acompanhar eventuais progressos ou variações de picos e vales nas vivências, fitando a extração de maiores valores (de cada sincronicidade). Com o tempo, descobrir-se-á uma tapeçaria de encadeamento significativo, quanto se decodificarão elementos simbólicos que antes pareciam:
(a) ou completamente desprovidos de sentido;
(b) ou desconexos do conjunto;
(c) ou abstrusos demais para que pudessem ser devassados.
Um mês, um ano ou dez anos que se passam sobre uma determinada vivência mediúnica, onírica, intuitiva ou de “coincidências significativas”, imprimem-lhe contornos de propósito que não poderiam ser detectados no momento da experiência, por falta de subsídios informacionais, matrizes conceituais e ferramentas perceptivas que o tempo nos confere e/ou nos faz desenvolver, de dentro para fora.
(Textos recebidos: do Espírito Gustavo Henrique, a matriz-base, em 3 de outubro; e do Espírito Eugênia, o complemento, em 11 de outubro de 2009.)
[Lao Tsé saindo da China, montado em seu búfalo – simboliza o total domínio de sua natureza animal (búfalo), por um lado, e a desvinculação de hipnoses de cultura, família e nacionalidade (China). O famoso símbolo do Yin-Yang, por trás da figura do ancião (sabedoria), montado (autodomínio), demonstra que atingiu a completude de uma condição angelical de consciência (ou búdica), apresentando em si os dois pares de opostos psicossexuais, como todos os pares polarizados da psique, além de representar, outrossim, seu canal de conexão-comunhão com o Divino – a trilha sagrada que ele percorreu para alcançar este estado privilegiado de consciência: o mergulho e/ou alinhamento com o Sagrado Tao – o Caminho de Deus na Terra, ou o Fluxo, como diria o Espírito Eugênia.]
Aviso:
Foi postado, no último sábado, o Programa Salto Quântico exibido nesta data. Para acessá-lo, basta clicar aqui, ou no ícone “Programa Salto Quântico”, na coluna do lado direito da interface.
(Nota da Equipe)