Benjamin Teixeira
pelo espírito
Eugênia.

Minha querida filha:

Seu homem é seu bebê.
Não é tão indiferente quanto parece: é desconectado dos próprios sentimentos.
Não é tão grosso quanto parece: é deficiente da alma.
Não é tão dominador quanto parece: é carente e dependente de você.
Não é tão sexual quanto parece: precisa de seu amor e não sabe como pedir.
Não é tão orgulhoso quanto parece: é inseguro quanto à própria força e valor.
Não é tão cínico quanto parece: é doente do coração.

Às vezes você ficará “louca” de raiva e “doente” de desgosto com as expressões de primitivismo, rudeza e insensibilidade do homem que escolheu para dividir seus rumos de vida. Não cobre tanto dele. Os homens, tanto espiritual quanto neurofisiologicamente, são menos dotados que as mulheres de recursos para sentir e exprimir sentimentos. Choram quatro vezes menos que nós. Têm uma menor integração entre os dois hemisférios cerebrais (ou seja: têm dificuldade de ler emoções) e têm espíritos menos aptos a viver o amor, porque são programados para a ação.

Não se esqueça, por fim, querida filha, que nós somos mães por natureza, e eles, provedores-caçadores-protetores. Não podemos lhes pedir muito, portanto, no campo do sentimento, quanto nós, por exemplo, não podemos ser muito exigidas no campo da combatividade.

Claro que, à medida que a evolução social e humana avança, os espíritos assimilarão os elementos concernentes a ambos pólos psicossexuais. Mas isso é coisa para milênios. Por outro lado – podendo nutrir expectativas mais plausíveis nesse setor –, a educação do futuro trabalhará as diferenças dos sexos, para que sejam respeitadas, ao mesmo passo que compensadas, a fim de que haja mais equilíbrio, tanto nas interações sociais, como na relação íntima consigo mesmo, porque o embate entre o feminino e o masculino começa no íntimo de cada alma.

Compreenda e ame seu homem, seja ele marido, filho, irmão, amigo, colega de trabalho, chefe, funcionário. Você verá que, em sua grande maioria, são garotinhos assustadiços, sequiosos do amparo de mãe que podemos lhes oferecer de nossos corações dadivosos.

A nós, mulheres, e ao feminino em todos os espíritos, de um modo geral, cabe a salvação da Terra dos delírios megalomaníacos e suicidas da ganância materialista-egóica-imperialista-machista; cabe a edificação de um mundo melhor, da Nova Era que surge para a humanidade, onde a concórdia e o amor universais serão prática dominante e onde não haverá espaço para perversidade e desamor.

(Texto recebido em 11 de dezembro de 2002.)