(“Psicotorpedo”, “psico-scrap” e métodos modernos de psicografia.)
Benjamin Teixeira
e o espírito Eugênia.
A crise existencial passa mais rapidamente e os propósitos do Self, por meio das articulações da sombra psicológica, são mais facilmente detectados e integrados, quando se aceita e se respeita o processo de retração construtiva da personalidade, consistente na incubação psicológica de um novo patamar de consciência, proposto subliminarmente pela própria crise.
(*) Psicotorpedo (risos) – Já pensou? Mas foi isso que aconteceu, com esta mensagem, digitada nas teclas de meu celular, logo depois de encerrar um telefonema com uma amiga. Quando me vi, ato contínuo ao desfazer a ligação, dedilhando o texto, tentei parar, a fim de retornar à companheira e concluir a conversa… Foi quando me dei conta de que não era eu a escrever… e sim Ela…
O texto eugeniano é tão profundo (apesar de excepcionalmente curto), que somente através de um conhecimento prévio de psicologia, em particular de psicanálise junguiana, pode-se-lhe abordar toda a extensão de significados.
Basicamente, para que o leitor menos versado no tema não fique excessivamente perdido, Eugênia afirmou que o Centro de Consciência (ou superconsciência, ou metaconsciência, ou Eu Superior, ou a Centelha Sagrada dentro de todos nós) aproveita sentimentos em princípio destrutivos, emoções em primeiro exame negativas, para nos comunicar a necessidade de parar e processar questões que estão sendo enterradas, e que precisam urgentemente ser elaboradas, de modo a não degenerarem em quadros piores.
A moça estava em crise de languidez, tristeza e apatia. E fiz-lhe a proposta para que (certamente já teleguiado pela sábia desencarnada), não se entregando completamente ao estado emocional menos saudável, procurasse, com isenção e distanciamento psicológicos (grande paradoxo e desafio: distanciar-se das próprias emoções, sem reprimi-las ou tentar conduzi-las), respeitar o seu direito de não estar tão alegre, propiciando que conteúdos importantes de sua psique não reconhecidos ou não percebidos em sua completude viessem à tona. Disse-lhe isso no telefonema anterior à lacônica escrita da mentora espiritual, acima transcrita, e, em seguida, perguntei se a jovem estava atenta a todas as disciplinas de oração e espiritualidade, ao que ela me respondeu afirmativamente.
Foi quando a Mestra da Felicidade lançou o desfecho lapidar ao tema, por esse meio pouco usual de comunicação interdimensional, mas que não nos deve causar estranheza, em vista da multiplicação, atualmente em curso, de meios virtuais de comunicação. Recentemente, por exemplo, escrevendo um “scrap”, na famigerada “rede social da internet” Orkut, para outra jovem mulher, residente em São Paulo, vi-me “tomado”, assinando, “sem querer”, “Eugênia”, em vez de subscrever meu nome, como seria de esperar. Médiuns com responsabilidades coletivas – por isso mesmo, em regímen de mediunato (esclarecido em outros artigos deste mesmo sítio eletrônico) – freqüentemente são utilizados por seus guias espirituais, em circunstâncias cotidianas, exatamente pela ligação profunda e contínua que o “mandato mediúnico” gera entre pupilos e seus mentores desencarnados.
A rigor, tanto o “psicotorpedo” quanto o “psico-scrap” – a que me referi há pouco –, assim os denominando por uma certa iniciativa de humor e descontração, nada mais são do que a velha psicografia, acontecendo pelos meios modernos de interação à distância e de recursos facilitadores da informática, assim como, quase sempre, a partir de 1994, recebo as missivas mediúnicas da grande sábia e seus amigos, por intermédio de digitação direta ao computador, em vez do uso clássico da esferográfica (nos últimos decênios) ou, ainda mais atavicamente, da utilização do lápis grafite (como ocorria desde o tempo de Kardec até a segunda metade do século transato).
(Nota do Médium)
(Textos respectivamente psicografado e redigido, em 23 de outubro de 2007. Revisão de Delano Mothé.)
Aviso:
Sugerimos ao caro leitor confira o interessante texto que figurou como “Mensagem do Dia”, neste último final de semana: uma entrevista cedida por Benjamin Teixeira, sobre os 20 anos de convívio com seu guia espiritual, a santa e sapientíssima Eugênia.<–>