Distingamos fertilidade de criatividade. A primeira acontece de forma quase automática, na vida de toda criatura. A segunda, por sua vez, não prescinde da iniciativa do indivíduo, de seu desejo de aproveitar o ensejo fértil para a concepção e a concretização do novo – que, quanto possível, deve ser justo ou norteado pelo ideal.
O período catamenial bem retrata a diferenciação entre uma realidade e outra. Mensalmente, os organismos de mulheres adultas encarnadas ovulam, tornando-se férteis, mas aguardam o momento da inseminação para então encetarem o processo criativo da reprodução biológica.
Janelas de oportunidade surgem, igualmente, nas dimensões psíquica, social e espiritual das existências humanas, favorecendo que a energia da fecundidade se faça mais presente e vívida. No entanto, o potencial à criatividade só se desdobrará, materializando-se em benefícios pessoais e coletivos, se o espírito, imerso ou não na esfera material de vida, decidir utilizá-lo no ato de criar propriamente dito.
Atente-se para esse complexo mecanismo, amigo(a). Agudize suas percepções, no sentido de intuir a presença das forças da fertilidade, a fim de empreender, a partir desse substrato energético, o seu esforço criativo, na geração e desenvolvimento das obras do bem, em prol da própria e da felicidade de outras pessoas.
Benjamin Teixeira de Aguiar (médium)
Eugênia-Aspásia (Espírito)
3 de maio de 2007